• A entidade regional promoverá uma
zona econômica complementar
CARACAS.— "O novo Mercado Comum do
Sul (Mercosul) está em fase de construção e temos
suficiente doutrina sobre esse tema para
redimensionarmo-nos", afirmou o presidente
venezuelano Nicolás Maduro.
No encerramento da reunião de
ministros de Economia, Finanças e Comércio, e
chanceleres do Mercosul, o presidente explicou que a
entidade regional tem como desafio renovar-se
constantemente porque a da década de 1990 do século
passado é muito diferente à de hoje e bem diferente
à que deve ser construída.
"Nós acreditamos num novo Mercosul,
que seja um poderoso motor de coesão duma nova
economia na América do Sul. Só unidos podemos
enfrentar o desafio de não voltar à escuridão e à
escravatura econômica", disse Maduro.
Os chanceleres do mecanismo regional
concordaram em promover diálogos com outras
entidades regionais, com o objetivo de construir uma
zona econômica complementar no continente,
condenaram a espionagem global estadunidense e
examinaram as relações com a União Europeia.
Após as sessões de trabalho da
Reunião de Ministros da Economia, Finanças, Comércio
e Relações Exteriores desse bloco sub-regional, o
chanceler venezuelano, Elías Jaua, indicou que o
encontro esteve focalizado em temas centrais para o
redimensionamento do Mercosul e da agenda de
decisões, com vista à próxima cúpula da entidade, em
Caracas.
Segundo o titular se dará luz verde
a um processo de aproximação para a complementação
econômica com outros mecanismos de integração, como
a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América
(Alba), a plataforma de cooperação energética
Petrocaribe e a Comunidade dos Estados do Caribe (Caricom).
Segundo a PL, Jaua apontou que esta
iniciativa estaria dirigida a fomentar o
desenvolvimento integral, enfrentar a pobreza e a
exclusão social e superar as assimetrias no
continente.
Igualmente, comunicou que se
ratificou a condenação da espionagem global
manifesta na passada cúpula de Montevidéu, Uruguai.
As deliberações deste encontro
estiveram chefiadas, também, pelos chanceleres da
Argentina, Héctor Timerman; do Uruguai, Luis
Almagro; do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, e da
Bolívia, David Choquehuanca, que percorreram o
Panteão Nacional, onde renderam homenagem ao
Libertador Simón Bolívar.