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Venezuela aposta na diversificação
energética
Mario Esquivel
A
economia venezuelana, com uma matriz energética
sustentada por reservas provadas de petróleo de 298
bilhões de barris (as maiores do mundo),
trabalha pela diversificação, para aproveitar o
potencial existente em combustíveis como o gás
natural.
Em
efeito, os dados de fontes especializadas colocam a
Venezuela na oitava posição do mundo, quanto ao
volume dos inventários desse produto, enquanto que
em nível da América Latina o país detém a liderança.
Unido a isso, a necessidade de liberar importantes
volumes de diesel (uns 300 mil barris) que se
utilizam atualmente na geração elétrica, colocam o
aproveitamento do gás como uma prioridade para o
governo, o qual se dirige, ainda, ao desenvolvimento
da petroquímica.
A
capacidade produtiva desse energético no país beira
atualmente os sete bilhões de pés cúbicos por dia,
quantia que deve chegar a 7,5 bilhões em dezembro
próximo e aos 12 bilhões para 2019.
Entre as ações mais imediatas a cargo da estatal
Petróleos de Venezuela (Pdvsa) destaca o
desenvolvimento do projeto Mariscal Antonio José de
Sucre, no norte da península de Paria (estado de
Sucre) com um objetivo produtivo de hasta 1,2 bilhão
de pés cúbicos e 28 mil barris de condensados
diários.
O
referido projeto contempla a perfuração de 36 poços,
a construção de duas plataformas, instalação dos
sistemas de produção submarina, linha de recolha e
sistema de exportação.
Unido a isso, a fase seguinte incorporará as
jazidas restantes, onde está o elemento adicional de
contar com gás associado a líquidos (butano, propano
e etano) cuja cotação se aproxima da do petróleo e
com grandes expectativas para a petroquímica.
Como elemento a destacar no Mariscal Sucre, o
ministro de Petróleo e Mineração, Rafael Ramírez,
mencionou a perfuração do maior poço que se haja
executado no país, com uma capacidade produtiva de
80 milhões de pés cúbicos diários.
Ainda, está a iniciativa denominada Plataforma
Deltana, com vista à extração e liquefação de gás em
águas venezuelanas, perto da fronteira marítima com
Trinidade e Tobago.
Segundo as previsões, o país poderia ter ingressos
adicionais pela exportação do diesel, o qual seria
substituído precisamente com o volátil
combustível.
Ademais
da geração elétrica e a petroquímica, o gás tem como
destino a própria produção de petróleo, ao ser
utilizado para manter o fator de recuperação das
jazidas, unido ao consumo doméstico. (Reproduzido de
Orbe).
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