|
Venezuela
Comemoram 15 anos da Revolução
Bolivariana
O
presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez um apelo
a não baixar a guarda e à renovação constante
Osviel
Castro Medel, especial para Granma
CARACAS, Venezuela.— Milhares de
pessoas se reuniram em frente do Palácio de
Miraflores para celebrar, em 2 de fevereiro, os 15
anos da tomada de posse como presidente de Hugo
Chávez Frías e o conseguinte início da Revolução
Bolivariana.
Desde bem cedo, integrantes de
diferentes movimentos sociais se concentraram nas
proximidades da sede da presidência para desenvolver
uma jornada popular que incluiu danças, canções,
jogos esportivos e bailados.
Mais tarde, a pleno sol, o
presidente Nicolás Maduro teve, nas proximidades do
Balcão do Povo, um encontro com os participantes,
entre os que se encontravam ministros, deputados,
parte do Alto Comando Militar, membros do Grande
Polo Patriótico e beneficiários dos projetos da
Revolução.
Ante os congregados, Maduro fez
um reconto dos 15 anos de Revolução e se referiu ao
papel de Chávez como condutor, líder, pai, exemplo,
presidente visionário e incansável lutador.
O chefe de Estado lembrou
momentos transcendentais da história recente da
Venezuela, como o levante cívico-militar encabeçado
por Chávez — em 4 de fevereiro de 1992— a
juramentação do comandante como presidente (2 de
fevereiro de 1999); e seu último proclama dirigido à
nação, em 8 de dezembro de 2012.
Também valorizou o caráter
antiimperialista, latino-americanista, solidário,
socialista e humanista que o povo, guiado por
Chávez, deu à Revolução Bolivariana.
No ato, no qual marcou presença
o chefe do gabinete das Missões sociais cubanas na
Venezuela, Víctor Fidel Gaute López, médicos e
especialistas em esportes da Ilha maior das
Antillas, Maduro elogiou várias vezes o papel
humilde e desinteresseiro dos colaboradores chegados
da terra de José Martí na consolidação de uma pátria
nova, bolivariana e mais justa.
O mandatário expôs alguns dos
desafios do projeto socialista, enfrentado a uma
extraordinária guerra econômica, e precisou que o
caminho é o do "povo, rua e Revolução" para
conseguir a paz e derrotar a direita.
"Hoje tem que ser um dia de
reflexão da história, do caminho percorrido, dos
compromissos do presente, do caminho por percorrer,
das fortalezas da Revolução, dos problemas, dos
erros, das críticas, as autocríticas e de todo o que
temos que rever permanentemente para que a Revolução
não se estagne. Que ninguém baixe a guarda",
enfatizou, e ao mesmo tempo conclamou a ligar-se com
a história e a renovação constante do pensamento
político.
Por outro lado, qualificou de
muito bem-sucedida a Cúpula da Comunidade dos
Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC),
celebrada a semana anterior em Havana e reafirmou
que, diante desse triunfo, os círculos de poder
estadunidenses estão tentando por diversos caminhos
fragmentar o subcontinente. "Quem tente dividir a
América Latina verá a Venezuela em pé", disse.
Maduro anunciou, ainda, que se
encontram presos e serão apresentados à Procuradoria
Geral da República os cidadãos pertencentes a grupos
da direita que tentaram agredir a seleção de Cuba no
estado de Nueva Esparta, a propósito do evento Serie
do Caribe, de beisebol, que se efetua no oriente do
país.
|