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Evo Morales ressalta
independência econômica da Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo
Morales, concedeu uma entrevista publicada nesta
segunda-feira (29), pela revista argentina
Miradas del Sur, onde comentou os avanços em
matéria social e econômica durante sua
administração.
Para
Morales, o impulso da independência econômica de seu
país se deve à nacionalização dos hidrocarbonetos
que impulsionou em 2006, decisão tomada apesar das
pressões internacionais e dos prognósticos
desfavoráveis para a indústria petrolífera
boliviana.
Morales mencionou que “antes, como nos roubaram,
depois, como nos libertamos economicamente. Antes
era o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional que decidiam nossas políticas
econômicas e agora nós decidimos, os estrangeiros
não decidem mais nada, é praticamente uma libertação
econômica depois da nacionalização”.
O presidente detalhou que o crescimento econômico em
seu país antes da nacionalização era inferior a 3%.
“Os últimos dados, divulgados há uns dois meses,
mostram 6,5% de crescimento econômico. O ano passado
foram 6,8%”. Concluiu que quando há estabilidade
política, há estabilidade econômica.
Outro aspecto relevante da atualidade boliviana é a
industrialização: Morales explicou que o país tem
diversificado sua economia durante sua gestão. “As
plantas separadoras de líquido, a ureia, na área da
agropecuária vocês nem imaginam o quanto pretendemos
avançar”.
Sobre a pobreza, Evo contrastou a atualidade com o
passado. “Passamos de 38% de pobreza para 18%. A
meta é chegar a 8% em 2020. E quando há movimento
econômico, há emprego; quando há crescimento
econômico, há pequenas e medias indústrias que vão
crescendo, portanto, se reduz o desemprego e a
pobreza”.
Entre as metas que o presidente destacou para seu
próximo governo está “passar de economia de matérias
primas e de economia industrial para a economia do
conhecimento, identificar formas de exportar nossos
saberes e já não seguir esperando, ou seguir
importando, por exemplo, tecnologia dos Estados
Unidos, da Ásia, da Europa, mas prepararmos aqui
para também exportar. Por que não? Já não nos
consideramos um pequeno país. Nos levantamos e vamos
continuar”.
Neste sentido, Morales recordou
de sua amizade com o comandante Hugo Chávez, “a
morte do companheiro Hugo Chávez tem sido dura para
mim. Não gosto de recordar estes momentos.
Perder um companheiro como Hugo é um vazio, não
somente na Venezuela, mas em toda a América do Sul”.
(Extraído do portal Vermelho)
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