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Partidos de esquerda
combatem ofensiva da direita latino-americana
O Encontro
Latino-americano Progressista, que reuniu 35
organizações de esquerda de 20 países no Equador
concluiu, nesta terça-feira (30), um plano de ação
para se opor ao ressurgimento dos setores de direita
no continente.
Os
representantes dos países vão debater, nesta terça-feira,
os desafios que enfrentam os governos progressistas
e os novos formatos de golpe impostos pelo
imperialismo.
Em seu discurso de abertura, o
presidente do Equador, Rafael Correa, chamou a
esquerda latino-americana a se unir, construir
agendas comuns e edificar a pátria soberana
regional.
De acordo com Correa, que tem alertado sobre
o ressurgimento da direita na América Latina, só com
a consolidação da integração será possível obter a
segunda e definitiva independência dos países do Sul.
Neste sentindo, incitou os líderes a colocar em
práticas iniciativas como o Banco do Sul e o Fundo
de Reservas do Sul, assim como, implementar
mecanismos de intercâmbio compensados que permitam
reduzir o uso de moedas extra regionais.
Também questionou a ordem geopolítica internacional,
onde persistem esquemas de neocolonialismo como a
Organização de Estados Americanos ter sua sede em
Washington, por exemplo. “Por que temos que discutir
os problemas da nossa região em Washington?”,
perguntou.
No acordo de partidos de esquerda participaram o
ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya; a
ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, que pediu aos
presentes para apoiarem o processo de paz em seu
país; o líder do partido espanhol Podemos, Pablo
Iglesias e o cientista político argentino Atílio
Borón, entre outras personalidades.
Também participaram representantes de partidos
políticos de Cuba, Chile, México, Nicarágua,
Guatemala, Honduras, Venezuela, Grécia e Espanha. O
presidente Rafael Correa convidou os delegados do
Encontro a participar de um ato público para
comemorar o quarto aniversário da tentativa
frustrada de golpe aplicada no Equador em 30 de
setembro de 2010.
Há exatos quatro anos um grupo de policiais
descontentes com a reforma salarial no Equador
tentou atacar o presidente quando ele fazia uma
visita às instalações policiais para dialogar com os
manifestantes. Correa precisou se refugiar em um
hospital policial, onde foi resgatado nove horas
depois pelas forças leais ao governo, em meio a um
tiroteio que deixou cinco mortos e vários feridos.
Uma comissão investigadora designada pelo Executivo
determinou, em junho passado, que o protesto
salarial protagonizado pelos policiais foi, na
realidade, uma tentativa de golpe coordenada e
preparada pela oposição.
(Extraído do portal Vermelho)
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