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Farc-EP denuncia responsabilidade dos EUA em
conflito colombiano
As Farc-EP sublinharam nesta
quarta-feira (29) em Havana, Cuba, a
responsabilidade central dos Estados Unidos e de
outras potências estrangeiras na origem,
persistência e composição do conflito interno
colombiano.

Representante das
Farc-EP em Havana Representante das Farc-EP em
Havana
No contexto do processo de paz
instalado em Havana, desde 2012, com o governo do
presidente Juan Manuel Santos, o comandante Matías
Aldecoa, das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), fez uma alusão
sobre as responsabilidades sistêmicas e múltiplas
diante das vítimas do conflito.
Nesse sentido, Aldecoa apontou a
reponsabilidade aos Estados Unidos e às outras
potências devido à suas concepções imperialistas de
"senhor e policial" do mundo.
Tudo isso é materializado na
imposição da Doutrina de Segurança Nacional, no
treinamento de oficiais e na participação direta no
conflito com tropas, bases militares, financiamento
de planos específicos de guerra e inteligência,
entre outros aspectos. Por outro lado, Aldecoa
reiterou que os setores da economia e suas entidades
sindicais, inclusive as empresas multinacionais,
devem assumir e reconhecer sua responsabilidade na
origem e na duração do conflito na Colômbia.
Ele disse que são muitos
empresários que se beneficiam da guerra,
especialmente aqueles que de maneira direta estão no
negócio de armas e tecnologia bélica.
O porta-voz da guerrilha se
referiu também à alta responsabilidade que cabe aos
meios de comunicação em massa, por sua contribuição
direta no açodamento da guerra, na promoção de
campanhas permanente de desinformação, diversionismo
ideológico e guerra psicológica.
Aldecoa assinalou que os partidos
e os movimentos políticos, em sua grande maioria,
têm enorme responsabilidade na escalada da guerra e
devem admitir isso de maneira clara e categórica.
Tudo isso, segundo ele, no afã de
tentar resolver o conflito pela via militar,
legislaram a favor da guerra por meio de suas
bancadas no Congresso e também impuseram uma cultura
de confronto e extermínio do povo.
(Extraído do portal Vermelho)
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