|
Presidente equatoriano exige que Obama “nos deixe em
paz”
O Presidente do Equador, Rafael
Correa, afirmou que a proposta do mandatário
estadunidense, Barack Obama, de criar centros de
inovação na América Latina e África para,
supostamente, fortalecer a sociedade civil, não
significa outra coisa que "mais intervencionismo”,
pelo que exigiu "que nos deixem em paz”.
"Os latino-americanos entendemos
perfeitamente o que isso significa: mais
intervencionismo. Que não nos ajude tanto, que vá,
no mais, formar líderes e fortalecer a sociedade
civil em seu país, que nos deixe em paz”, mencionou
durante sua intervenção na Conferência para o
Desenvolvimento da ONU, na última sexta-feira, 24 de
outubro.
Agência Andes
Correa acrescentou que essas são
coisas que não se foram ditas antes e que "são ditas
sem pensar muito”. Ele advertiu que estão vindo anos
muito difíceis para os governos progressistas da
região depois da recomposição da direita, algo que
ele denomina de "restauração conservadora”.
"Essa primeira etapa em que houve
muita margem de ação passou, agora, enfrentamos
grupos de poder nacionais e internacionais
articulados, com estratégia de poder, coordenados,
fazendo campanhas sistemáticas contra os governos
progressistas”, assinalou.
Sustentou que as condições são,
agora, mais duras, considerando que o entorno
internacional em nível econômico está se complicando
pela queda do preço das matérias primas e, no caso
do Equador, pela subida da moeda estadunidense. O
presidente equatoriano disse que um dos principais
instrumentos da restauração conservadora são os
meios de comunicação que, na América Latina, estão
nas mãos das elites.
"Não existe tal coisa como a
liberdade de expressão, a opinião pública; a opinião
é a dos donos dos meios de comunicação, que não são,
precisamente, os pobres nem os que querem mudar as
coisas”, afirmou. "Enfrentamos, dia a dia, a
desinformação, a manipulação dos meios de
comunicação, das oligarquias, dos grupos de poder
tradicionais”, concluiu.
(Extraído do portal Adital)
|