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“Vamos votar com
consciência, paz e amor no coração”, conclama Dilma
Segunda-feira (29), realizou-se
na Rede Record o penúltimo debate na TV antes das
eleições de 5 de outubro. Novamente a
presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff
foi alvo de ataques grosseiros e caluniosos pelos
demais candidatos. Dilma se mostrou firme e coerente,
na defesa de suas propostas e posições.
Logo
na abertura do debate, Dilma defendeu o direito à
previdência social e apresentou o que seu governo já
fez para o crescimento da cobertura aos inativos.
“Aumentamos muito a cobertura previdenciária
no Brasil: passamos de 37 milhões de pessoas para
uma cobertura de quase 67 milhões”. Hoje, 67% dos
aposentados que estão na faixa de benefícios de um
salário mínimo, tiveram aumento real (acima da
inflação) de 71% nas suas aposentadorias de 2003 até
2014. “É muito importante assegurar esse que é um
dos maiores patrimônios do povo brasileiro: o
direito à previdência”, afirmou.
CPMF
Na
primeira oportunidade, Dilma indagou a candidata
Marina Silva (PSB) sobre seu voto contrário à CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira), um
tributo cuja destinação exclusiva era o
financiamento à saúde. No último debate a candidata
do PSB afirmou que tinha votado a favor da
contribuição. Dilma apontou que na realidade Marina
votou contra. "Me estarrece que a senhora não se
lembre de que votou quatro vezes contra a CPMF",
disse a presidenta. E agregou: “Governar requer
firmeza, coragem, posições claras e atitude firme.
Não dá para improvisar”, disse Dilma.
Corrupção
e crime organizado
Dilma
reafirmou sua posição sobre o tema: “Ao longo da
minha vida tenho tido tolerância zero com a
corrupção. Não varro nada para debaixo do tapete”.
“Pretendo
mudar as regras jurídicas de forma que o Governo
Federal possa atuar no combate ao crime. Esse
combate é essencial. O crime atua coordenadamente,
enquanto as forças de Segurança atuam de forma
desorganizada. O Governo Federal quer modificar esse
quadro criando Centros de Comando e Controle em cada
estado. Só assim combateremos o crime organizado”,
disse Dilma, ao lembrar que é a única candidata que
apresentou cinco propostas concretas de combate à
impunidade.
Petrobras
“Dei
autonomia à Policia Federal para prender o senhor
Paulo Roberto [Costa] e os doleiros todos, o que não
acontecia nos governos anteriores [do PSDB]. Defendo
a apuração dos atos de corrupção para fortalecer a
Petrobras, e não para enfraquecê-la, tornando álibi
de uma privatização”. Eu combato a corrupção para
fortalecer a Petrobras. “Vocês usam as denúncias
para enfraquecê-la.”
Privatização da Petrobras
A
presidenta lembrou o discurso de Aécio Neves na
Câmara dos Deputados, em 1997, em que defendia que
chegaria a hora de privatizar a Petrobras. Dilma
perguntou ao candidato se está no radar privatizar a
estatal, mas o candidato tucano se esquivou da
pergunta. E Dilma alfinetou: “Aécio, é eleitoreiro
dizer que vai reestatizar a Petrobras, vocês que
venderam parte das ações a preço de banana e
quiseram tirar o “bras” [do nome] para vendê-la para
os estrangeiros”.
Economia
Em outro
momento, Dilma retrucou Aécio ao falar do desempenho
da economia no governo tucano e disse que “o povo
tem memória e se lembra de que vocês [durante o
governo de Fernando Henrique Cardoso] quebraram o
Brasil por três vezes, praticaram as maiores taxas
de juros da história”. A presidenta lembrou que em
determinado momento a taxa de juros foi de 45 por
cento, enquanto seu governo reduziu as taxas de
juros. “Hoje elas são as menores da história, a taxa
de desemprego naquele tempo era de 11,7%”, rememorou
Dilma.
Direitos
humanos
A
candidata Dilma também defendeu os direitos humanos.
“Quando questionada sobre a diminuição da maioridade
penal, Dilma disse que “a melhor solução para os
menores é punir a quadrilha que usa os menores para
diminuir suas penas”.
Compromisso com os trabalhadores
Em suas
considerações finais, Dilma reafirmou que preparou o
Brasil para um novo ciclo de desenvolvimento e
instigou todos à reflexão sobre quem tem experiência
para mudar mais, e compromisso verdadeiro com os
trabalhadores.
“No
próximo domingo vamos às urnas para decidir o que
queremos para o futuro do Brasil. Nesse momento,
todos devem se perguntar quem tem mais capacidade e
experiência para manter o que conquistamos, mudar o
que é preciso e fazer mais. Quem tem força e apoio
político para fazer as reformas que o Brasil exige.
Quem enfrentou a pior crise internacional, aumentou
empregos, salários e investimento. Quem tem firmeza
para projetar o Brasil no cenário mundial. Quem
preparou o Brasil para novo ciclo de desenvolvimento,
com emprego e salário adequado e colocando educação
no centro de tudo. Reflita sobre todas as questões,
e você vai fazer a melhor escolha. No próximo
domingo, vamos votar com consciência, paz e amor no
coração. Humildemente peço seu voto. Muito obrigada
por tudo”.
Alvo de
ataques, a presidenta Dilma Rousseff solicitou
quatro vezes direito de resposta, dentro das regras
do debate. Foi atendida apenas uma vez. Em coletiva
após o debate dos presidenciáveis, a presidenta
Dilma disse que gostaria de ter mais tempo para
responder aos questionamentos e acusações dirigidos
a ela: “Fui o centro do debate”. Era muito justo que
a mim dessem o direito de responder as críticas
feitas.
(Extraído do portal Vermelho)
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