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XX Foro de São Paulo
Cuba defende na Bolívia
viabilidade do socialismo perante crise mundial

LA PAZ.— Cuba defenderá na vigésima edição do Foro
de São Paulo, que iniciou suas primeiras atividades
na segunda-feira, 25 de agosto, na Bolívia, a
viabilidade do socialismo perante a crise do
capitalismo, que é a causa da violência,
instabilidade, descontentamento e insegurança em
muitos países do planeta.
Idalmis Brooks, secretária do
departamento das Relações Internacionais do Comitê
Central do Partido Comunista de Cuba (PCC),
assegurou à Prensa Latina que existe uma
reorganização do mapa mundial, propiciada pelos
interesses das grandes potências, a partir do começo
mesmo da recessão global.
Segundo sua opinião, mais além
do impacto econômico, essas mudanças acarretaram
inconformidade social, protestos e conflitos em
regiões como o Oriente Médio.
Brooks participará da 3ª Escola
de Formação Política do Foro e exporá a ideia de que
essas transformações também propiciaram uma
contra-ofensiva do capitalismo e no entorno
latino-americano tem maior força.
Nesse sentido, fará referência
ao processo de atualização econômica vigente na
nação caribenha, apesar das tentativas dos Estados
Unidos por sufocar sua Revolução desde 1959.
“Hoje toda essa reorganização
econômica tem como objetivo fundamental manter as
conquistas atingidas em setores como a saúde,
educação e a participação social das mulheres”,
afirmou.
Brooks reiterou que a Revolução
Cubana promove a ideia de que os processos de
integração da América Latina e o Caribe devem ser
baseados na unidade dentro da diversidade e o
respeito mútuo.
A Escola de Formação Política é
a primeira atividade do Foro de São Paulo e reúne
300 delegados de inúmeros partidos da esquerda,
presentes no evento boliviano.
A abertura oficial do Foro será
na quinta-feira, 28, quando também será realizado um
encontro de mulheres, afro-descendentes e de
parlamentares.
O encerramento será na
sexta-feira, e será lida uma declaração final que
incluirá a exigência do cessar imediato do bloqueio
econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos
contra Cuba, o apoio à causa da Argentina por
recuperar as Ilhas Malvinas e a demanda boliviana
contra o Chile, para ter uma saída soberana ao mar.
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