Venezuela reduz
pobreza extrema
"O índice de pobreza extrema na
Venezuela, medido pelas necessidades básicas
insatisfeitas, teve uma diminuição progressiva de
10,8%, em 1999, para 5,5%, em 2013", destacou em
Caracas o presidente do Instituto Nacional de
Estatística (INE), Elías Eljuri.
O funcionário explicou que este
método mede a pobreza de maneira integral, com
aspectos como a educação, o número de pessoas
vivendo em uma moradia sem serviços básicos, etc. Em
cada um destes aspectos, o país teve uma melhora
substancial.
Especificamente, o indicador de
educação inclui o número de crianças dentre 7 e 12
anos que não frequenta a escola; o indicador caiu de
1,8% para 0,7%. O número de pessoas vivendo juntas,
que se estabelece quando mais de três pessoas dormem
em um quarto, se reduziu de 14,6% para 9,5% durante
a Revolução Bolivariana, enquanto o indicador de
moradias sem serviços básicos diminuiu de 15,7% para
9,5%.
Quanto à pobreza medida pelas
receitas obtidas, que passou de 6% para 8,8%, Eljuri
indicou que nisto influi o fenômeno inflacionário e
que existem diversos fatores que não se levam em
conta, como a alimentação gratuita nas escolas, que
recebem 4,3 milhões de crianças e os mais de 40
milhões de livros entregues de forma gratuita aos
estudantes do ensino básico; subsídios nas tarifas
de eletricidade, gás e transporte, os bônus de fim
de ano e diversos programas sociais do Estado.
Destacou, ainda, o aumento no número
de pessoas aposentadas, que passou de 387 mil, em
1999, para mais de 2,5 milhões; o incremento da
educação no ensino primário e secundário, de 44%
para 76%; e a educação universitária, de 800 mil
estudantes para 2,5 milhões; bem como o fato de que
82% da população recebe atendimento médico em
centros de saúde públicos.
O presidente do INE também lembrou
que a Venezuela tem o menor coeficiente de Gini da
América Latina, o que indica que é o país com menor
desigualdade da região. Ao se referir à inflação,
explicou que além da guerra econômica da direita,
que tem afetado a economia, o esforço deve
dirigir-se a incrementar a produção nacional e parar
o contrabando, que faz com que 30% dos produtos se
desvie fora das fronteiras venezuelanas.
Nesse sentido, o governo lançou uma
ofensiva econômica, com base no aumento da produção
e garantia de fornecimento e preços justos.
EMPREGO DE MAIOR QUALIDADE
Eljuri reiterou que o desemprego na
Venezuela teve uma redução significativa, de 14,6%
que existia em 1999 para 7,1% neste ano 2014.
Manifestou que, inclusive, durante a
crise econômica mundial de 2009-2010, a Venezuela
teve uma taxa estável de 8%, enquanto em grandes
países capitalistas havia mais de 15 milhões de
desempregados, por exemplo, na Espanha o indicador
atingiu 25%.
Além do mais, a qualidade do emprego
aumentou, com um incremento de quase 10 pontos no
emprego formal.
"É falso que tenha aumentado o
número do comércio informal. À economia informal na
Venezuela se dedicam cinco milhões de pessoas, e
esse indicador caiu em dez pontos. Aí são
contemplados 1.25 milhão de pessoas que trabalham em
empresas com menos de cinco trabalhadores, e têm
seguro social e pagam impostos sobre a renda (ISRL).
Existem 3,5 milhões que trabalham de maneira
independente e têm receitas que não são baixas",
expressou o presidente do INE.
Acrescentou que os chamados
buhoneros (comerciantes informais ou camelôs)
somente são entre 300 mil e 400 mil indivíduos,
número que não é representativo em relação com a
população.
Ainda, graças à legislação, todos os
venezuelanos têm direito à previdência social e a
uma pensão por velhice. (AVN)