Destacam na Unesco
proclamação da América Latina como zona de paz
PARIS.— Na
terça-feira, 8 de abril, Cuba destacou ante a Unesco
a decisão da 2ª Cúpula dos Estados Latino-americanos
e Caribenhos (Celac) de proclamar a região como uma
zona de paz.
“Isso
constitui um passo transcendental na nossa
história”, declarou o embaixador Juan Antonio
Fernández, representante cubano perante o 194º
Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Segundo a
PL, o embaixador explicou que essa posição implica
desterrar a guerra, a ameaça e o emprego da força e
resolver os conflitos pela via pacífica e de acordo
ao direito internacional.
“Na Celac,
a América Latina e o Caribe têm encontrado um espaço
autóctone e legítimo para aproximar posições,
conhecerem-se melhor e para continuar e realizar os
sonhos de nossos próceres de construir a Pátria
Grande”, assinalou Fernandez.
Durante a
sua intervenção no fórum, o embaixador cubano
referiu-se à situação internacional, onde o
subdesenvolvimento estrutural se perpetua, cresce o
abismo que separa ricos e pobres, aumentam as
desigualdades entre e dentro das nações e parece
imparável a destruição do meio ambiente.
Denunciou
que faltando apenas um ano para cumprir os Objetivos
do Milênio da ONU, há 1,2 bilhão de pessoas no mundo
na extrema pobreza, 842 milhões passam fome crônica,
774 milhões de adultos são analfabetos e 57 milhões
de crianças não estão escolarizadas.
Nesse
contexto, disse, a Unesco continua um processo de
reformas, que procura maior eficácia e eficiência,
mais visibilidade e protagonisno no sistema
multilateral.
O
funcionário lamentou que a organização não tenha
conseguido cumprir cabalmente com seus objetivos e
programas, devido à crise financeira, por causa do
não pagamento das dívidas do seu principal
contribuinte: os Estados Unidos.
Fernandez considerou que a Unesco deve focalizar-se
nas prioridades definidas pelo Conselho e a
Conferência Geral e concentrar todas as energias e
esforços na contribuição para os Objetivos de
Desenvolvimento pós 2015.
(PL)