The Washington
Post ressalta ajuda cubana para enfrentar o Ébola
• O influente jornal reconheceu a
importância da ajuda médica de Cuba aos países
africanos que sofrem os embates do vírus do Ébola
WASHINGTON.—
Um artigo do jornal estadunidense The Washington
Post reconheceu a importância da ajuda médica de
Cuba aos países africanos que sofrem os embates do
vírus do Ébola, depois que 165 profissionais da Ilha
chegassem a Freetown, Serra Leoa.
Sob
a manchete “Na resposta médica ao Ébola, Cuba está
batendo muito acima de seu peso”, o conhecido
jornal, com uma tiragem de quase meio milhão de
exemplares diários, abordou a colaboração sanitária
cubana na África ocidental, a pedido da Organização
Mundial da Saúde (OMS), informa a PL.
Um texto
assinado pelo jornalista Adam Taylor e publicado no
sábado, ressalta a resposta do pequeno país
caribenho de só 11 milhões de habitantes, que se
converteu em um fornecedor crucial de sua
experiência médica, numa altura em que a comunidade
internacional é acusada de “arrastar os pés” na hora
de enfrentar as consequências do vírus.
O The
Washington Post sublinha que Cuba, apesar de ser
uma nação pobre, com um PIB que é quase a sexta
parte do do Reino Unido, deu uma resposta rápida e
contundente, acima dos oferecimentos sanitários de
muitos dos países mais ricos do mundo.
Avaliou,
ainda, o sistema universal de saúde cubano, tomando
como referente as apreciações da OMS, ao reconhecer
os extraordinários avanços médicos que levam Cuba a
atingir indicadores semelhantes aos atingidos pelos
países desenvolvidos, como a redução da mortalidade
infantil e a alta esperança de vida.
Ainda,
reconheceu os sistemas de formação profissional de
médicos e técnicos da saúde em Cuba, assim como a
ajuda que oferece a Ilha na preparação de centenas
de milhares de médicos e especialistas vindos de
países pobres.
Taylor
destaca em seu artigo que Cuba prestou durante
décadas ajuda médica solidária a muitos países
necessitados, e sublinhou o oferecimento de Havana
de ajudar as pessoas danificadas elo furacão
Katrina, nos Estados Unidos.
Por seu
lado, enfatizou na resposta dada por Cuba para
mitigar os danos provocados pelo virus da Ébola, que
prevê enviar outros 296 médicos e enfermeiras à
Libéria e a Guiné, os outros dois países mais
afetados pela crise.
O artigo
não aborda o impacto que causa o bloqueio dos
Estados Unidos ao setor da saúde cubano nem os
planos desse país para estimular o êxodo de
profissionais qualificados que cumprem missões
internacionalistas.