Chanceler
venezuelano denuncia em Genebra campanha contra seu
país
GENEBRA.— O
chanceler da Venezuela, Elias Jaua, denunciou na
segunda-feira 3 de março, no Conselho de Direitos
Humanos da ONU, a campanha internacional de mentiras
desenvolvida por setores interessados em apresentar
o país sumido no caos.
Ao
discursar no segmento de alto nível da 15ª sessão
desse órgão, o ministro assegurou que poderosas
organizações da mídia nacional e internacional são
empregadas para levar adiante uma guerra psicológica
sistemática contra a nação sul-americana, informa a
PL.

“Esses
meios, disse Jaua, amplificam as notícias negativas
sobre a Venezuela, apoiados por governos que lançam
mão dos direitos humanos como uma arma de castigo
contra países independentes e soberanos”.
“Ainda
tentam fazer crer que existe um caos geral, com o
propósito de justificar uma intervenção estrangeiras
e promover condenações e sanções injustas”.
Durante sua
alocução na presença de delegados de inúmeros
governos e organizações internacionais, o chanceler
negou que exista descontentamento no seio da
juventude e informou os resultados de uma recente
sondagem, realizada entre pessoas de 15 a 29 anos.
Relativamente aos responsáveis pelos atos de
violência perpetrados nos últimos dias, Jaua acusou
os mesmos setores da oposição que protagonizaram
atentados contra a ordem institucional, em 2002.
O chanceler
venezuelano reiterou o compromisso de seu país de
cumprir as convenções de direitos humanos e demais
instrumentos reconhecidos, mas não aceitará
avaliações nem sentenças unilaterais de governos ou
de organismos internacionais com os quais, disse,
não tem obrigações.
Por
seu lado, o titular das Relações Exteriores da
Argentina, Hector Timerman alertou ante esse
Conselho que os processos democráticos na América
Latina são alvo de pressões que põem em risco a
continuidade de governos eleitos pela maioria.