Presidenciais
sírias dão
avisam a oposição de que a população
apoia Al Assad
"AS eleições presidenciais de 3 de
junho na Síria fazem parte da luta do presidente
sírio contra a oposição armada que mergulhou o país
na guerra", considera o presidente do Instituto dos
Países do Oriente Próximo, Yevgueni Satanoviski.
Em Síria abriram as portas 9,6 mil
colégios eleitorais, onde quase 16 milhões de sírios
podiam eleger seu futuro presidente. Trata-se das
primeiras eleições presidenciais em meio século que
têm lugar com o envolvimento de vários candidatos.
Esta normativa foi estabelecida na nova Constituição
aceita em 2012. O chefe de Estado é eleito para um
período de sete anos e pode ficar no cargo durante
dois mandatos e não mais.
Poucos duvidam que o vencedor destas
eleições será o candidato do partido governante Bass,
o atual presidente Bashar al Assad. "Al Assad goza
de grande apoio entre os sírios e a situação no país
é muito diferente da que existia no começo da crise.
A Síria de Al Assad resiste a agressão externa",
opina o jornalista e analista político francês
Thierry Meyssan, para quem aquilo que está vivendo a
Síria, nos últimos tempos, não é um conflito interno
mas sim uma guerra verdadeira.
Satanovski expressa que estas
eleições são uma boa ocasião para mobilizar a
população síria e transmitirão ao inimigo a mensagem
de que o povo apoia as autoridades atuais. "Al Assad
conta com o apoio da maioria", disse o especialista
russo em política, à agência de notícias Regnum.
Embora o Ocidente esteja dizendo que
estas eleições são uma paródia, Satanovski põe
ênfase no fato de que embora haja guerra na Síria "isso
não é um fato chave" para não efetuar as eleições.
Se isso fosse levado em conta "metade do planeta não
poderia fazer eleições. Contudo, a Ucrânia fez
eleições presidenciais, também o Afeganistão. Em
alguns países africanos também tiveram lugar
eleições. Por que não fazê-las na Síria?", pergunta
Satanovski. (Excertos da RT).