Reconhecem em Genebra benefícios da
Operação Milagre
GENEBRA (Prensa Latina).— Mais de 2,5 milhões de
pessoas recobraram ou melhoraram sua visão até hoje
graças à Operaçao Milagre, um programa
cubano-venezuelano que se aplica em numerosos países
e cujos benefícios foram reconhecidos aqui por
autoridades sanitárias.

Pilar González, diretora do Plano Nacional de Saúde
Rural do Uruguai, declarou à Prensa Latina que no
seu país funciona desde 2007 o centro oftalmológico
José Martí, onde têm-se realizado mais de 40 mil
operações gratuitas.
"Ficamos muito agradecidos com a colaboração
cubana. Nós consideramos que é um exemplo de
solidariedade internacional", disse González, que
participou na Assembleia anual da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Explicou também a adjunta do Ministério de Saúde
que cada semana uma equipe de médicos cubanos e
uruguaios visita pequenos povoados do interior do
país e localidades rurais para detectar pacientes
que padecem diversos problemas oculares, os que logo
são enviados a Montevidéu.
“Assim, uma grande quantidade de pessoas afetadas
por cataratas e outras doenças melhoram sua visão e
com isso sua qualidade de vida”, disse González.
No
José Martí não só atendem-se adultos, mas também
meninos, e é, além disso, um centro de formação de
recursos humanos e de pesquisa.
“Para as pessoas é fundamental recuperar sua visão,
reconhecer sua família e conseguir se reinserir na
sociedade”, disse a funcionária.
A
Operação Milagre surgiu em 2004, por iniciativa do
líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, apoiada por
Venezuela, e seu objetivo é atender a pessoas de
escassos recursos que ficam cegas por causas
curáveis.
O
programa prevê operar a uns seis milhões de
pacientes em países de América Latina, o Caribe,
África e Ásia.
Segundo dados da OMS hoje existem no mundo 285
milhões de pessoas com deficiências visuais, das
quais 246 apresentam baixa visão e 39 milhões são
cegas.
A
OMS considera que 80 por cento do total de casos de
incapacidade visual pode-se evitar ou curar.