Na Ucrânia,
combatentes do leste e tropas de Kiev retiram armas
Os combatentes das Repúblicas
Populares de Donetsk e de Lugansk e as tropas
ucranianas mobilizadas para reprimir o sudeste
rebelde começaram a retirada do armamento pesado
segundo acordo arquitetado entre as partes.

Já é possível ver a operação de
remoção das peças da artilharia miliciana, seu
atrelamento aos caminhões e o começo da marcha para
a retaguarda, de acordo com o que está previsto no
memorando assinado na última reunião em Minsk.
Segundo o documento, as partes devem retirar o
material militar a 15 quilômetros da linha de
contato, dependendo do alcance concreto do tipo de
arma.
No entanto, em algumas áreas o processo continua
detido e ficam áreas de tensão como no litoral de
Mariupol (convertida em fortaleza por Kiev),
Debáltsevo e Amvrósievka.
O representante da Rússia perante a Organização para
a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), Andei
Kelin, disse à agência Novosti que ali ainda se
escutam tiros.
Explicou, no entanto, que a intensidade dos tiros
diminuiu consideravelmente depois da assinatura do
memorando de nove pontos em 19 de setembro pelo
representante de Kiev e líderes rebeldes.
O texto inclui o fim dos combates, a criação de uma
zona de segurança ao longo da chamada linha de
contato entre as partes em guerra, a retirada de
armas pesadas e da população dessa zona (de oito a
120 quilômetros, dependendo do alcance).
Prevê também uma missão da OSCE para monitorar a
situação na região e a proibição de voos sobre
território controlado pelos rebeldes, exceto as
naves dos inspetores da OSCE encarregados de vigiar
o cumprimento da trégua.
Os governantes que chegaram ao poder depois da
derrocada do presidente Víktor Yanukóvich em 22 de
fevereiro lançaram uma operação militar de grande
envergadura em abril contra o sudeste, cuja
população recusou o golpe de estado.
Por se opor a aqueles que violaram a ordem
constitucional, foram negados o direito à se
federalizar e oficializar o idioma russo que sempre
se falou na região. Foram proclamadas as Repúblicas
Populares de Donetsk e de Lugansk depois de
referendos nos quais cerca de 90% apoiou o Sim.
Segundo a ONU, a guerra entre Kiev e os territórios
insurgentes já causou ao redor de 3.200 mortes e
deixou mais de oito mil feridos entre a população
civil, enquanto o número de refugiados em outras
regiões da Ucrânia e em países vizinhos ultrapassa
um milhão de pessoas.
Diariamente são registradas violações à trégua com
disparos de armas pesadas por parte das forças de
Kiev e a resposta correspondente das milícias, mas a
OSCE argumenta que essas ações isoladas não
constituem uma violação ao cessar fogo. (Extraído
do portal Vermelho)