Cuba pede na ONU
apoio mundial à África contra o Ébola
“A batalha contra
o Ébola deve ser de todos”, disse o vice-chanceler
cubano Abelardo Moreno na sessão especial do
Conselho de Segurança das Nações Unidas

NAÇÕES
UNIDAS.— África espera pela resposta de todos os
estados membros da ONU para combater a epidemia de
Ébola, especialmente daqueles que têm mais recursos,
assegurou na quinta-feira, 18 de setembro, o
vice-chanceler cubano, Abelardo Moreno.
Ao
discursar em uma sessão especial do Conselho de
Segurança das Nações Unidas, Moreno fez questão de
lembrar que a humanidade tem uma dívida com esse
continente e não pode defraudá-lo.
“A batalha
contra o Ébola deve ser de todos”, disse e mencionou
a decisão cubana de estender sua colaboração médica
até a zona onde está presente a doença.
O
vice-ministro das Relações Exteriores explicou que
os especialistas que chegarão a Serra Leoa fazem
parte da Brigada Henry Reeve, criada em 2005 e
constituída por médicos preparados para o
enfrentamento a desastres grandes epidemias.
Moreno
assinalou que Cuba está disposta a colaborar nessa
tarefa com todos os países, incluídos aqueles com os
que não tem relações diplomáticas.
Acrescentou
que, atualmente, a Ilha maior das Antilhas tem
desdobrados no continente africano cerca de quatro
mil especialistas da saúde, dos quais mais de dos
mil são médicos, e está disposta a ajudar na
prevenção da doença, que já matou mais de duas mil
pessoas.
Ratificou
que a decisão cubana é baseada nos valores da
Revolução de “não dar o que nos sobra, mas
compartilhar aquilo que temos”.
“Cuba, país
pequeno e pobre, já formou 38 mil médicos de 121
países. Atualmente estudam medicina 10 mil jovens,
seis mil sem custo algum, sob o princípio de
continuar ajudando os mais pobres e que aqueles com
recursos assumam as despesas, para tornar
sustentável o sistema de saúde”, precisou Moreno.
(SE)