Clamor de liberdade em
Washington e
no mundo
Nuria Barbosa León
AMIGOS solidários com a Revolução cubana levantaram
as vozes e chamativos cartazes ante a Casa Branca em
Washington para exigir, mais uma vez, o fim da
prisão de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e
Antonio Guerrero.
Estes lutadores antiterroristas foram presos em 12
de setembro de 1998, junto a René González e
Fernando González (hoje livres após cumprirem na
íntegra suas condenações). Os Cinco desarticularam
planos de grupos terroristas anticubanos de Miami e
foram julgados em 2001.
As jornadas de clamor pela justiça tiveram como
palco Washington D.C. e incluíram um evento político
na sede da organização Impact Hub e uma vigília
cultural, na casa Rutilio Grande, na cidade de
Takoma Park. Nas atividades participaram o advogado
José Pertierra, o escritor canadense Stephen Kimber
e a ex-presidenta do Senado mexicano Yeidckol
Polevnsky, entre outros.
No sindicato internacional de empregados dos
serviços foram exibidos os quadros de Antonio
Guerrero “Absolvidos pela solidariedade”, com 16
imagens que descrevem os sete meses dum julgamento
do qual já sabiam que seriam condenados, porque os
jornalistas e a mídia foram pagos pelo governo
estadunidense, com a missão de realizar uma campanha
obsessiva e difamadora e criar um ambiente hostil.
Vários gabinetes de legisladores radicados no
Capitólio receberam a visita de ativistas solidários
os quais, na vigília frente à Casa Branca, mostraram
cartazes com lemas a favor da liberdade dos
lutadores antiterroristas cubanos e com frases
reconhecidas como “Obama Give me Five”, de impacto
para meios de comunicação em massa como Telesur,
Russia Today, Agência Francesa de Imprensa e
Hispantv.
O movimento de solidariedade internacional realizou
múltiplas ações no mundo todo, como a entrega de
cartas ao presidente Barack Obama nas embaixadas e
consulados dos Estados Unidos em seus respectivos
países, e com manifestações de reclamo de justiça.
Em La Courneuve, uma cidade próxima de Paris,
representantes da organização Cuba Sim France
realizaram um ato na área do jornal L’Humanité,
com a participação do herói René González, enquanto
na Colômbia, Ramón Labañino enviou uma mensagem de
agradecimento pelos gestos solidários com a causa
nesta nação sul-americana, lida por sua esposa
Elizabeth Palmeiro.
No site da chancelaria russa, o porta-voz Alexandr
Lushévich, avaliou de hipócrita a política
estadunidense em matéria de direitos humanos e pôs
como exemplo o caso dos Cinco, que trabalhavam
contra grupos extremistas para enfrentar o
terrorismo internacional, e não em detrimento da
segurança nacional dos Estados Unidos.
Cazaques solidários entregaram à embaixada de Cuba
em Astana um novo chamamento, exigindo a libertação
dos três prisioneiros cubanos, num ato efetuado na
sede da organização Zhuldyz (Estrela). O acadêmico
Vajit Rustemov, do Cazaquistão também reiterou numa
mensagem seu apoio à causa dos cubanos.
Participantes das atividades culturais promovidas
pela Casa da América Latina, com sede em Teerã, Irã,
enviaram uma nota a Havana para lembrar que
decorreram 16 anos, 5.840 dias, a partir da detenção
dos heróis cubanos, que evitaram a morte de muitas
pessoas.
O Comitê argentino pela solidariedade dos Cinco
apresentou na embaixada dos EUA em Buenos Aires, uma
carta em inglês e castelhano ao encarregado de
negócios, Kevin Sullivan, para ser enviada a seu
presidente, com um reclamo de liberdade imediata
para Gerardo, Ramón e Antonio.
Entretanto, 11 deputados integrantes da Comissão de
Amizade com Cuba do Parlamento chileno, também
entregaram uma carta dirigida ao presidente
estadunidense, onde solicitam vínculos normais com a
nação caribenha e a liberdade para os três lutadores
antiterroristas injustamente presos.
O presidente salvadorenho Salvador Sánchez Cerén
conversou com a mãe de Antonio Guerrero, Mirta
Rodríguez, que também esteve presente numa missa na
capela do hospital Divina Providência, em São
Salvador, onde foi assassinado monsenhor Romero.
Integrantes da coordenadora nicaraguense de
solidariedade com Cuba se reuniram na Universidade
Nacional de Engenharia de Manágua, para qualificar
os cinco patriotas da Ilha como verdadeiros heróis
da paz mundial. Em Lima, Peru, também teve lugar
outra passeata solidária pelas avenidas, onde
levavam cartazes com as fotografias e os nomes dos
prisioneiros cubanos.