Espanha fracassa no enfrentamento
da pobreza infantil
MADRI.— Segundo o relatório Pobreza infantil e
exclusão na Europa, a Espanha é o segundo país
europeu, a seguir da Grécia, com menor capacidade
para enfrentar a pobreza infantil mediante ajudas
sociais.
O
estudo da organização Save the Children, ratifica o
atraso espanhol na matéria, com base numa pesquisa
anterior da Cáritas, segundo a qual o país ocupa a
segunda colocação, em nível europeu, quanto a
pobreza infantil, a seguir da Romênia.
O
documento da Save the Children evidencia a
ineficácia dos programas sociais no continente, onde
quase 27 milhões de crianças são incluídas nesta
categoria. O número aumentou em um milhão, entre
2008 e 2012.
No
caso da Espanha, onde se estima que mais de 2,8
milhões de crianças (36,8) vivem na extrema pobreza,
as medidas para melhorar a situação somente
beneficiam 6,9% delas.
A
pesquisa adverte que acabar com este problema supõe
tomar decisões políticas adequadas.
O
relatório anterior da Cáritas considerou que na
Espanha estavam afetados 29,9% dos menores de 18
anos em 2012, muito superior à média da União
Européia, estimada em 21,4%.
Por
pessoas em risco de pobreza ou exclusão social
entende-se aquelas que dispõem de 60% da receita
média do resto da população, se recebem de 40 a 50%
são consideradas pobres e menos de 40% em situação
de extrema pobreza. (PL)