Denunciam impacto
do bloqueio estadunidense nas mulheres cubanas
• A incidência do bloqueio
estadunidense no pleno desenvolvimento das cubanas
foi denunciado nas Nações Unidas
NAÇÕES
UNIDAS.— Cuba denunciou no seio desta organização,
na segunda-feira, 13 de outubro, que o bloqueio
econômico, comercial e financeiro imposto pelos
Estados Unidos constitui a principal afetação para o
desenvolvimento e o bem-estar das mulheres da Ilha.
“Essa
medida unilateral que Washington aplica há mais de
meio século representa um ato de genocídio e de
violência que padecem as mulheres e meninas
cubanas”, afirmou o diplomata Jairo Rodríguez na
Terceira Comissão da Assembleia Geral da ONU,
encarregada dos assuntos sociais, culturais e
humanitários.
De acordo
com o funcionário da chancelaria cubana, o cerco se
traduz no maior obstáculo para o progresso das
mulheres no país caribenho, onde as sanções
norte-americanas deixaram perdas por US$ 1,112
trilhão e um dano humano incalculável.
A
eliminação da violência contra as mulheres e meninas
requer da erradicação de todas as medidas
coercitivas unilaterais, advertiu em uma sessão
dedicada a avaliar os avanços desse setor da
população no planeta.
Rodríguez
lembrou que no próximo dia 28 de outubro a
comunidade internacional terá, mais uma vez, a
chance de rechaçar o bloqueio, quando a plenária dos
193 membros das Nações Unidas vote em um novo
projeto de resolução sobre a necessidade de pôr fim
ao cerco da Casa Branca.
Ante a
Terceira Comissão, o diplomata também denunciou o
sofrimento das mães, esposas e filhos dos três
lutadores antiterroristas cubanos que permanecem
encarcerados nas prisões estadunidenses.
Gerardo
Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino foram
presos em 1998 junto a Fernando González e René
González, os quais já retornaram à Ilha, após terem
cumprido suas condenações, pelo acompanhamento a
grupos que a partir do sul da Flórida organizam,
financiam e executam ações violentas contra a Ilha
maior das Antilhas.
Rodríguez
destacou, ainda, o pleno acesso à saúde e à
educação, a redução da mortalidade infantil até 4,2
em cada mil nascidos vivos — semelhante à dos
Estados ricos— e o incremento da esperança de vida,
que atingiu 80 anos.
Em nível
internacional sublinhou que apesar de alguns avanços
resta muito por fazer para superar a exclusão, a
discriminação e a violência que afeta as mulheres.
(PL)