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RUMO AOS JOGOS CENTRO-AMERICANOS DE
VERACRUZ
Prognósticos do atletismo para Cuba
Eyleen Ríos López
RECUPERAR a hegemonia cedida devido à ausência, há
quatro anos e contribuir ao máximo no propósito da
delegação de ocupar o primeiro lugar, será
prioridade para o atletismo cubano nos Jogos
Centro-americanos e do Caribe de Veracruz.
As previsões apontam a conseguir entre 15 e 20
títulos, para um grupo de esportistas que deve
ultrapassar os 60 membros, incluídos só três
campeões dos Jogos que tiveram lugar em Cartagena de
Índias, em 2006, e alguns reis pan-americanos dos
jogos de Guadalajara 2011.
Embora se trate de um esporte regido por tempos e
marcas, onde o ranking da área poderia “facilitar” a
tarefa de prognosticar, esta continua sendo uma
missão arriscada, ainda mais sem toda a informação
acerca dos contrários, porque ainda as inscrições
não se tornaram oficiais.
Para “refrescar” o acontecido nas duas versões mais
recentes, é bom lembrar que em 2006 a Ilha maior das
Antilhas dominou com 21 títulos (o atletismo) e o
México foi o mais próximo na lista, com oito
medalhas. Nos jogos de Mayaguez, em 2010, a partilha
foi mais equitativa, com a Jamaica na frente, com
dez medalhas de ouro, com os mexicanos e colombianos
atrás, quanto ao número de medalhas, com sete.
Agora, alguns estudiosos asseguram que unicamente
Cuba ultrapassará a dezena de medalhas de ouro e já
foram identificadas algumas áreas que não deixam
dúvidas, relativamente aos favoritos.
Arremessos e saltos são os eventos onde se deve
conseguir o maior número de títulos, inclusive com
mais de um cubano no pódio, em alguns casos.
O disco nas mulheres parece o exemplo clássico,
pois devem ser Yaimé Pérez e Denia Caballero as
escolhidas para lutar pelo ceptro, no estádio
Heriberto Jara Corona, da cidade de Xalapa, a mais
de 1.400 metros sobre o nível do mar.
Elas são as que vêm dominando na região nesta
temporada, e embora Yaimé tenha um registro máximo
de 66,03 metros aqui em Cuba, Denia conseguiu os
arremessos mais estáveis em competições fora do
país, vários deles beirando os 64-65 metros.
Trata-se de uma modalidade em que, inclusive, se
deve quebrar o recorde para este certame, pois o
recorde existente foi imposto nos jogos de Havana
1982, quando a cubana María C. Betancourt registrou
um arremesso de 63,76 metros, o qual parece que será
superado.
O disco de homens tampouco deixa muitas dúvidas com
o campeão continental de 2011, Jorge Fernández, como
claro primeiro candidato, após um ano de prêmios em
seus oito concursos além-fronteiras e recorde
pessoal elevado até 66,50 metros.
O jamaicano Jason Morgan poderia ser sua única
“sombra”, pois é o outro com alguns resultados
relevantes e defenderá o título do torneio
precedente, embora seus arremessos sejam claramente
inferiores.
Da jaula do martelo também devem sair duas medalhas
de ouro, com a multicampeã Yipsi Moreno pronta para
repetir o reinado; e Roberto Janet, disposto a
estrear no setor masculino.
No dardo, Guillermo Martínez é o mais mencionado
quando se fala do primeiro lugar no pódio que já
conheceu em 2006, embora não aconteça igual nas
mulheres, porque Lismania Muñoz carece dessa
superioridade.
Tampouco os prognósticos no arremesso do peso,
indicam que Cuba possa obter o título, já que
Cleopatra Borel-Brown, de Trinidad e Tobago, está
entre as confirmadas e sairá como predestinada ao
máximo prêmio.
DE SALTOS E ALGO MAIS
Nos caminhos de maiores possibilidades para os
cubanos destaque para o salto com vara, em ambos os
sexos, com a multipremiada Yarisley Silva e Lázaro
Borges como protagonistas.
A campeã mundial indoor tem tudo para deixar seu
nome no livro das marcas máximas, porque para ela
são, quase uma “brincadeira” os 4,20 metros
registrados em 2010 pela venezuelana Keisa
Monterola.
Embora afastado do desempenho que o levou a entrar
na elite, ao que parece Borges tampouco deve ter
dificuldades para se apossar do título, em uma
especialidade onde o resto anda muito longe.
O salto triplo entre homens é a outra medalha
dourada que pode ser considerada “segura” com a
dupla formada por Ernesto Revé e o junior Lázaro
Martínez, os quais devem ocupar as duas primeiras
colocações, sem desconhecer o desempenho de Yordanis
Duranona, da Dominica.
Mais difícil será o salto triplo no feminino com a
presença da colombiana rainha mundial e líder do
ano, Caterine Ibarguen, um “muro” que nenhuma das
cubanas está pronta para ultrapassar.
As informações flutuam entre o sim e o não, mas o
mais recente parece reafirmar que Ibarguen estará
presente no evento e, nesse caso, aspirar ao segundo
lugar parece o mais real para aqueles que concorram
representando a Ilha.
No salto em distância e em altura tampouco se pode
aspirar à medalha de ouro. Homens como Junior Díaz
(distância) e Raudelys Rodríguez (altura) devem ser
incluídos sem a categoria de favoritos, como
tampouco Irisdaymi Herrera (distância) e Dianellys
Dutil (altura) entre as meninas.
Porém, é bom termos cuidado, porque eles nos
poderiam dar uma agradável surpresa.
Qualquer opinião será mais certeira com as
inscrições finais nas mãos, mas sempre haverá
prognósticos que não são mais do que isso, pois a
realidade na competição costuma modificar mais de um
destino.
(Extraído do semanário Jit)
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