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Memorial Barrientos de Atletismo
Sahily impôs vários recordes
Eyleen Rios López
NO
domingo 25 de maio, durante a despedida do evento
esportivo Memorial Barrientos, de atletismo, a jovem
corredora Sahily Diago, nos 800 metros femininos, se
converteu no centro do “show”, relegando a estelar
saltadora Yarisley Silva, ainda que as duas
impusessem novos recordes.
Há
poucos dias, a corredora, natural de Matanzas, foi
notícia, graças ao tempo de 1m58s14, um novo recorde
de juniores que, de passagem, também passou a
liderar o ranking absoluto da temporada, mas desta
vez foi mais além, ao parar os cronômetros em
1m57s74, que se convertem em um recorde histórico
para esse evento.
O
recorde anterior (1m58s77), tinha sido imposto em
1977, quando ela só havia completado dois anos, pela
espetacular corredora Ana Fidelia Quirot, a mulher
que ela diz ter como guia na sua carreira.
“É
meu ídolo, sempre me senti inspirada por ela e por
isso considero algo muito grande o que eu fiz”,
afirmou Sahily, com a respiração ainda ofegante,
após obter a medalha de ouro e deixar com a de prata
Rose Mary Almanza (1m59s76) e Gilda Casanova
(2m05s57).
“O
objetivo era rebaixar o tempo. Não sou uma atleta
que se proponha muitas estratégias, saio a correr e
pronto”, confessou no Estádio Panamericano, de
Havana.
“Creio que tenho a forma ótima necessária para
concorrer no primeiro nível, pronta do ponto de
vista físico e psicológico, para lidar com as
melhores da especialidade”, assegurou Sahily, forte
candidata a participar no próximo campeonato do
mundo para menores de 20 anos.
Para Yarisley também foi um bom dia e embora já
esteja acostumada a ter melhores desempenhos, não
ficou feliz com o pulo de 4,60 metros conseguido no
salto com vara, domingo 25, pois falhou em três
ocasiões na altura marcada de 4,75 metros.
“Não é fácil ultrapassar essa altura, mas é uma das
marcas que já consegui mais vezes durante a minha
vida, e por isso não posso ficar satisfeita, porque
aspiro a mais”, comentou à imprensa, após ter
imposto um novo recorde para esse evento.
O
recorde anterior de 4,40 metros, vigente desde 2009
até agora, também, era da sua autoria, e havia sido
imposto numa época em que ela ainda não tinha
conseguido ficar na segunda colocação nas
Olimpíadas, a medalha de bronze no mundial indoor e
a recente medalha de ouro num certame mundial
indoor.
“Está me faltando determinação na altura de fazer
os movimentos finais com as varas duras; e estou
supondo que isso, adicionando o ar que soprava
bastante forte, foi o que me afetou hoje”,
acrescentou com evidente descontentamento no rosto.
As
outras duas saltadoras, Lisa Salomon e Aslin Quiala,
acabaram na segunda e na terceira colocações, mas
com marcas muito distantes, ambas com 3,40 metros.
Outro momento atraente do certame teve lugar
durante a corrida dos 800 metros dos homens, que
inclusive fez ficar o público em pé, porque Jorge
Liranzo repetiu a história da Copa Cuba, ao superar
por escassas centésimas de segundos o campeão
pan-americano Andy González.
Liranzo teve um tempo de 1m48s43, enquanto Andy não
teve forças para baixar de 1m48s81. Na terceira
colocação entrou Alejandro Hernández, com 1m50224.
No
salto triplo para homens na houve nada de interesse,
pois nenhum saltador conseguiu ultrapassar os 17
metros; Ernesto Revê foi o primeiro, com um péssimo
16m74; o segundo foi o novato Lázaro Martinez
(16m50) e terceiro Andy Díaz (15m98).
Noutros resultados bem pouco atraentes, nos 400
metros com barreiras venceram José Luis Gaspar
(50s65), no masculino; e Zurian Hechavarría (59s15)
no feminino. No lançamento do dardo Lismania Muñoz
venceu com 56m16 e no martelo Yirisleydi Ford (com
67m56).
A
partir de agora, alguns dos nossos esportistas
concorrerão fora de casa, na continuação da chamada
turnê de verão, com certames no dia 31 de maio, na
Liga de Diamante, em Eugene, nos EUA e o Challenger,
de provas múltiplas, em Gotzis, Polônia. (Extraído
do semanário JIT).
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