|
Campeonato Latino-americano de Paraquedismo em
Varadero
Lien
Martí Rodríguez / Pedro Carrillo Garcés
JORGE Derviche
é um homem comum. Sua baixa estatura e o excesso de
peso conseguem esconder seu espírito aventureiro e
seu passado como esportista de destaque. Rapa, como
é conhecido no seu país natal, o Brasil, é o atual
presidente da Confederação Latino-americana de
Paraquedismo (Colpar) e acumula uma longa trajetória
na esfera da administração esportiva desde 1994,
quando acabou encerrando seu desempenho como atleta.
Segundo
comenta, sua carreira de 19 anos como paraquedista
começou em 1974. No começo praticou a modalidade de
precisão. Depois, com a experiência, ficou empolgado
com a queda livre, modalidade por equipes onde
conseguiu quatro títulos em lides regionais
brasileiras e dois vice-campeonatos pan-americanos.
Jorge Dervinche
encontra-se pela primeira vez em Cuba, ainda não
teve tempo de percorrer suas ruas, mas já conhece a
alegria natural e o entusiasmo dos cubanos, com os
quais partilha a organização do 11º Campeonato
Latino-americano de Paraquedismo Esportivo e a Copa
Amistad. Ambas as lides tiveram lugar há poucos dias
em Varadero. Em uma das jornadas prévias acedeu a
dar estar declarações.
Como
valoriza a realização destes torneios?
"Estes torneios
latino-americanos são muito importantes para a troca
de conhecimentos, permitem que países com maior
nível deem suas contribuições nesse sentido. Cuba e
o Chile são muito bons na modalidade de precisão, na
qual se está concorrendo na presente edição. O
Brasil, Peru e a Argentina terão a chance de
incrementar seus conhecimentos".
"Em setembro, o
Brasil será a sede da modalidade de pilotagem à
vela, onde os anfitriões e os argentinos têm os
melhores resultados. Então, os outros participantes
terão a chance de elevar, pouco a pouco, o nível
técnico. Só assim a região poderá crescer, do ponto
de vista competitivo".
Qual a sua
opinião acerca do paraquedismo cubano?
"Nesta
especialidade de precisão está no topo. Nas outras
modalidades fazem grandes esforços para aprender e
crescer também. Conhecemos, desde há um bom tempo,
que os esportistas cubanos, quando se esforçam,
podem atingir metas douradas".
Com este
intercambio só se beneficiam os esportistas?
"O torneio vai
mais além das competições, pois se realizam ações de
capacitação, que são fundamentais. Por exemplo, a
formação de juízes credenciados pela Federação Aérea
Internacional (FAI). É essencial formar juízes e o
fazemos onde quer que haja uma competição. Agora,
ganharam a categoria de árbitros FAI quatro juízes
cubanos. Uma boa competição também depende de que
haja bons árbitros. Eu pretendo que, na passagem dos
anos, este seja meu legado".
E apesar do seu
lamento, por causa da eliminação do time do Brasil
na Copa Mundial de Futebol, Rapa mostra um sorriso e
confessa que gostaria de realizar um salto em Cuba.
Despede-se, com a câmara na mão, na qual já guarda
lembranças de nossas pessoas.
|