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Bandeira Nacional de Cuba tremula no
estrado dos estandartes dos 22os Jogos
Centro-americanos e do Caribe
Oscar Sánchez Serra

“Sempre se sente igual, a gente arrepia e os pelos
ficam eriçados e se sente um aperto no peito, é como
se agora mesmo estivesse combatendo com Zamora no
ringue de Munique”, disse-nos Orlando Martinez
“Orlandito”, homem pequeno de estatura, mas de
coração gigante.
Orlandito, com 68 anos, viveu assim a cerimônia em
que foi içada a bandeira cubana no World Trade
Center da cidade de Veracruz, quando entraram o
pavilhão nacional e os jovens protagonistas de hoje,
os que aspiram a atingir a glória nos 22os
Jogos Centro-americanos e do Caribe, que serão
inaugurados na noite desta sexta-feira, 14 de
novembro.
Orlandito foi o primeiro boxeador do esporte
revolucionário a obter uma medalha de ouro em uma
Olimpíada (Munique 1968), quando venceu na final o
mexicano Alonso Zamora por votação unânime dos
juízes. Ele é uma das glórias esportivas cubanas que
acompanham os atletas da Ilha Maior das Antilhas.
A
cerimônia, efetuada em um dos salões instalação, por
causa dos fortes ventos de quase 80 quilômetros que
açoitam esta região veracruzana, foi presidida por
Alejandro Palma Fragoso, executivo, encarregado do
enlace com o governo federal, Antonio Becali
Garrido, presidente do Instituto Cubano de Esportes
(Inder) e María Luisa Fernández, cônsul geral de
Cuba, no Estado sede da cita multiesportiva.
Palma Fragoso referiu-se aos laços que unem os
povos do México e Cuba, escritos na história de
ambas as nações. “É uma honra, um orgulho para os
Jugos ter vocês aqui”, expressou.
O
chefe da missão cubana, em nome da delegação de seu
país disse que “saudamos e abraçamos todos os
participantes, especialmente os anfitriões e
reiterou que a jovem comitiva cubana veio disposta a
defender as conquistas de nosso esporte, que é o
fruto da obra da Revolução”, e acrescentou que os
esportistas da Ilha Maior das Antilhas saberão estar
à altura do compromisso que se traçaram nesta festa.
Amanhã, 15 de novembro, começam
os jogos e se discutem as primeiras medalhas, sendo
possível que Jorge García, no caiaque, nos permita
escutar o hino Cubano pela primeira vez.
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