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Nova peça egípcia no Museu Nacional
das Belas Artes
HAVANA —. Um besouro de lapislazulina da Dinastia
XXV egípcia engrossa a coleção do Museu Nacional das
Belas Artes (MNBA), uma doação realizada a Cuba pela
instituição homóloga August Kestner Hanover, da
Alemanha.
O
professor Christian E. Loeben, egiptólogo e
especialista da Coleção de Arte Egípcia desse centro
alemã, trouxe a relíquia à Ilha e antes do ato
oficial de entrega, ofereceu uma conferência sobre
as origens e o valor da peça.
Até
agora, a coleção de arte egípcia do MNBA não contava
com nenhum objeto da Dinastia XXV e, com esta
doação, ambos os centros comemoram 20 anos de
colaboração ininterrupta.
O
primeiro rei dessa Dinastia, também conhecida como
Kushita, invadiu e conquistou toda a Núbia superior,
onde erigiu o centro de seu poder.
Por
seu ambiente étnico diferente aos soberanos dessa
etapa são conhecidos como faraós negros ou núbios e
para distinguir-se de seus predecessores,
acrescentaram outra cobra ao selo da coroa.
Ainda que conservassem as tradições antigas e as
construções com certo caráter arcaico, nas
representações gráficas mantinham sua aparência de
negros africanos.
Para
os egípcios, o besouro é um de seus símbolos
sagrados e é muito comum encontrá-lo em templos,
túmulos e pirâmides.
No
corpo da múmia se colocavam pequenos besouros como
uma forma de proteção para que a pessoa morta
encontrasse o caminho certo no trânsito da vida à
morte. (PL)
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