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C U L T U R A

Havana. 2 de Abril, de 2014

Maio Teatral em Cuba

UMA boa notícia para os fãs do teatro. “A próxima temporada de teatro latino-americano e caribenho Maio Teatral, será realizada de 16 a  25 de maio”, informou Vivian Martínez Tabares, à frente da Direção de Teatro e curadora principal da temporada, que divulgou os detalhes do evento a teatrólogos, jornalistas e espectadores fiéis desta arte.

Um breve percurso pelo cartaz artístico do encontro deixou claro o interesse temático e conceptual da próxima edição: “um cruzamento cultural, geográfico e de linguagens em reconhecimento ao espaço de diálogo e síntese das diversas artes que é o palco”.

Assim vê isto Martínez Tabares nos espetáculos procedentes do México, Brasil, Bolívia, Equador, República Dominicana e Cuba. Segundo anunciou, alguns deles poderão ser apreciados em Cienfuegos, Santa Clara, Camagüey e Santiago de Cuba.

A Bolívia chega com dois grupos: Kiknteatr e Teatro dos Andes. Do primeiro se lembra a seu diretor, Diego Aramburo quando participou, em 2009; e o segundo visitou Maio Teatral em 2002, com dois espetáculos dirigidos por seu fundador César Brie, que esteve à frente do grupo na época.

Duas versões shakespeareanas nos aproximam de ambos os grupos. Romeu e Julieta de Aramburo, com atuação e direção de Diego, é “uma reflexão sobre temas arquetípicos de Shakespeare, mas pensados nas diversas ‘realidades bolivianas’.

Do Brasil chegam Boa Companhia e Teatro da Margem. Boa Companhia propõe dois espetáculos: Primus, baseado no conto “Comunicado a uma academia”, de Franz Kafka; e Cartas do Paraíso, na qual de imagens simbólicas se recria uma das buscas mais ancestrais do homem, a do paraíso.

Fundado em 2007, por Narciso Telles, Teatro da Margem se apropria da dramaturgia e da literatura latino-americana em espanhol: Potestade, do psicanalista, ator e diretor argentino Eduardo Pavlovsky, muito conhecido em Cuba; e Memorial de Silêncios e Margaridas, construído a partir de textos do escritor uruguaio Eduardo Galeano e de testemunhos de vítimas da ditadura militar brasileira.

Retorna à Ilha, para regozijo de público e fãs, o grupo Malayerba, do Equador, liderados pelo ator, diretor e dramaturgo Arístides Vargas e pela atriz e mestra Charo Francés. Desta vez, o dueto encenará Instrucciones para abrazar el aire (Instruções para abraçar o ar), uma das mais recentes criações de Vargas. A obra parte dum fato real contado aos atores há mais de três décadas: o desaparecimento de Clara Anahí Mariani, da casa de seus pais, em La Plata.

O grupo mexicano Teatro de Certos Habitantes visita a Casa pela primeira vez. Fundado em 1997 e reconhecido no âmbito internacional por suas montagens Becket ou a honra de Deus, entre outros espetáculos, chega com El automóvil gris (O carro cinzento), dirigido por Claudio Valdés Kuri. A peça joga com o filme do cinema mudo mexicano do mesmo título, realizado em 1919.

Martínez Tabares anunciou, também, a realização de duas oficinas de criação. O silêncio da atriz-ator, estará a cargo de Charo Francés e é dirigido a atores profissionais; e A dramaturgia contra o Teatro e vice-versa, por Gabriel Calderón, diretor do grupo uruguaio Complot, convoca a dramaturgos, diretores, atores profissionais e estudantes de nível superior.

Cuba estará representada com obras dos grupos Estúdio Teatral de Santa Clara, Teatro El Público, Teatro de la Luna e Teatro de las Estaciones.

Com esta primeira badalada a Casa avisa: procurem cadeiras, está a ponto de se apagar a luz. (Excertos extraídos da Ventana de Casa das Américas)

 

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