Presos Políticos do Império| MIAMI 5      

     

Só TEXTO / Assinatura jornal impreso

C U L T U R A

Havana. 10 de Abril, de 2014

Não agradeçam o silêncio: a arte denuncia a injustiça

Amelia Duarte

HAVANA. — Uma instalação performance, inspirada no injusto confinamento em celas de castigo aonde foram submetidos os Cinco heróis antiterroristas cubanos durante 17 meses num cárcere dos EUA, antes de serem julgados, foi inaugurada no sábado, 5 de abril, no prédio de Arte Cubano — Museu nacional das Belas Artes — pelo artista da plástica Aléxis Leyva Machado (Kcho) e dois de seus protagonistas, os Heróis da República de Cuba, René González e Fernando González.

Não agradeçam o silêncio é o nome da obra “criada para mostrar ao mundo que a injusta condenação dos Cinco é um ato de vingança contra Cuba, os cubanos e sua Revolução”, segundo expressou seu autor, Kcho, nas palavras de inauguração, onde estiveram presente o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Miguel Díaz-Canel, o assessor do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Abel Prieto, o ministro da Cultura, Julián González Toledo, o presidente da União de Artistas e Escritores de Cuba, Miguel Barnet, familiares dos Cinco, e artistas e intelectuais cubanos.

Realizada com materiais como o aço e o pladoor, a obra inclui O Buraco, uma cela de confinamento; um salão entre grades onde se exibe a exposição Eu morro como vivi, 15 pinturas de Antonio Guerrero por ocasião do 15º aniversario do encarceramento dos Cinco; e uma pequena sala de aula com cadeiras onde se projetam audiovisuais realizados sobre o tema dos Heróis cubanos.

“Agradecemos a Kcho por esta obra e esperamos que cumpra seu objetivo”, expressaram René e Fernando durante a inauguração, onde além de contar com as interpretações do coro Entrevoces, dirigido pela maestrina Digna Guerra, tiveram lugar duas ações performáticas para expressar o deslocamento de prisioneiros, fortemente acorrentados, para O Buraco.

O público visitante poderá descobrir nesta obra a realidade do sistema penitenciário norte-americano e experimentar o cativeiro durante cinco minutos em uma cela de 15 pés de comprimento por sete de largo e que somente tem em seu interior um beliche de ferro, mesa, cadeira de betão, vaso sanitário de metal, um lavatório e um espelho.

Para entrar ao Buraco, o público deverá utilizar os uniformes laranjas dos presos, algemar-se e acorrentar-se os pés.

“Com esta instalação acumularemos as experiências individuais e construiremos uma mensagem de reflexão, solidariedade e denúncia, em uma ação da arte contra a injustiça”, anunciou Kcho nas palavras do catálogo.

 

IMPRIMIR ESTE MATERIAL


Diretor Geral: Pelayo Terry Cuervo. Diretor Editorial: Gustavo Becerra Estorino
HOSPEDAGEM: Teledatos-Cubaweb. Havana
Granma Internacional Digital: http://www.granma.cu/

  Inglês | Francês | Espanhol | Alemão | Italiano | Só TEXTO
Só TEXTO / Assinatura jornal impreso

© Copyright. 1996-2013. Todos os direitos reservados. GRANMA INTERNACIONAL/ EDICAO DIGITAL

Subir