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Havana. 9 Julho, de 2014

9ª CONFERÊNCIA SOBRE DESASTRES
Primeiro, proteger a vida

Lisanka González Suárez

RECENTEMENTE, teve lugar em Havana um congresso internacional para discutir como enfrentar os desastres, onde se reuniram centenas de funcionários e especialistas; entre eles, destacados cientistas e acadêmicos de mais de 30 nações, dedicados à proteção civil, dos recursos, da economia e do meio ambiente.

 A pergunta seria então: por que razão eles vieram a este pequeno e pobre arquipélago do Caribe, com escassos recursos naturais, com limitações no acesso às tecnologias avançadas e não foram então às capitais de nações poderosas e ricas? A razão não poderia ser outra que o reiterado reconhecimento internacional, ganho por Cuba, como um dos melhores países preparados para enfrentar desastres naturais.

 A preparação atual do sistema da Defesa Civil e a prática acumulada pelo povo cubano, colocam a nação no lugar de destaque que hoje ocupa em nível mundial neste item.

 Quatro anos depois do triunfo da Revolução, concluídas as inadiáveis tarefas da Reforma Agrária e da Campanha de Alfabetização, o jovem governo, liderado por Fidel Castro, acometia importantes programas de educação, saúde pública, cultura — reformas e leis pelas quais tanto tinha lutado e esperado o país — em meio aos desafios que impunham as ações dos bandos contrarrevolucionários, armados e apoiados pelo poderoso e mais próximo vizinho do norte; a invasão a um pedaço de seu território, o bloqueio econômico, a Crise dos Mísseis, ações de terrorismo, entre outras atividades inimigas que procuravam fazer colapsar a Revolução.

 Esse era o panorama geral de 3 de outubro de 1963 quando um novo evento pôs à prova o Estado revolucionário. Na ocasião, o desafio provinha da natureza e com nome de mulher: o furacão Flora.

 A ilha foi açoitada por um fenômeno natural que nenhuma força podia evitar, um furacão de categoria cinco, que açoitou quatro províncias orientais, arrasando várias comunidades, as que praticamente apagou do mapa; pessoas e animais desaparecidos, campos, estradas e caminhos destruídos, rios vazando, como o Cauto (o de maior extensão do país), aproximadamente duas mil pessoas mortas, balanço que a coloca como a segunda maior catástrofe registrada em Cuba.

 Nos mais de 50 anos decorridos daquela tragédia foram construídas novas moradias, reconstruíram-se e construíram-se povoados, centenas de estradas e caminhos, recuperaram-se as culturas, desenvolveram-se novos planos pecuários, construíram-se barragens. A única coisa irrecuperável foram as vítimas mortais.

 Nos últimos vinte anos, a região do Caribe tem sido afetada por cerca de 150 furacões. E como é natural, a maior das Antilhas tem sido diretamente açoitada por alguns deles que entraram ou roçaram nosso território; tais como Gustav, Ike e Paloma (2008) e o mais recente Sandy (2012) que provocaram vultosos danos econômicos. Contudo, graças aos planos e medidas tomadas pelo Estado para minorar os golpes da natureza, as mortes de pessoas têm-se reduzido ao mínimo, geralmente associadas à imprudência de alguns cidadãos que descumprem, precisamente, as medidas indicadas.

 Nenhuma mão pode parar, como tantas vezes temos dito, a fúria dum furacão, mas ficou demonstrado que seus efeitos podem ser aliviados, implementando com eficácia as experiências e práticas na prevenção e enfrentamentos a estes desastres. Durante mais de cinco décadas, o sistema da Defesa Civil demonstrou sua eficácia, com a estratégia empregada e a integração dos recursos e instituições da sociedade e do Estado cubano, sem reparar no aperfeiçoamento de mecanismos que respondam no momento preciso.

 Primeiramente, a vida dos habitantes da Ilha, onde quer que estejam. Por tal motivo, esta pequena nação, bloqueada, pobre, difamada, incluída por instituições que respondem aos interesses imperiais junto a um grupo de países que não priorizam a vida, constitui exemplo para o mundo na proteção de seus habitantes e bens.

 Não poucos países enviam a Cuba especialistas, buscando a experiência que temos atingido, admitida ainda pelos mais desenvolvidos e poderosos, alguns dos quais, por sinal, já sofreram esse tipo de golpes, com grandes perdas por causa, em boa medida, de não ter uma eficaz organização nem planos antecipados.

 

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