C U B A

Havana. 8 Setembro, de 2014

Tratados em Cuba 6.195 pacientes com células-mães

Orfilio Peláez

 NO fim do primeiro semestre deste ano o número total de pacientes tratados com células mães em nosso país foi de 6.195, enquanto já são 14 as províncias que aplicam esta técnica promissória, empregada pela primeira vez em Cuba em fevereiro de 2004.

 O vice-diretor de Investigações do Instituto de Hematologia e Imunologia, doutor em Ciências Porfirio Hernández, pioneiro na introdução desse método que constitui a base fundamental da chamada medicina regenerativa, precisou ao jornal Granma que as especialidades de angiologia e ortopedia e traumatologia reúnem a maior quantidade de casos atendidos, com 3.126 e 2.747, respectivamente.

 Esta terapia celular mostra resultados alentadores com seu uso em pacientes com insuficiência arterial grave dos membros inferiores, ao ser evitada a amputação; e nos casos com insuficiência arterial crônica de membros inferiores, que como consequência da dor intensa eram obrigados a parar antes dos 150 metros, se registra uma melhoria notável em 85% deles.

 Também há resultados alentadores em problemas ósseos, fraturas ósseas complexas, pseudoartrite, necrose asséptica da anca, lesões articulares degenerativas, particularmente do joelho, periodontite, paraplegia por traumatismos da coluna vertebral e lesão da medula espinal, infarto do miocárdio, lesões neurológicas crônicas associadas a sequelas de infartos cerebrais, assim como em pacientes com distrofia muscular de Duchenne e osteogênese imperfeita.

 Segundo indicou o doutor Porfirio Hernández, a aplicação de células-mães em Cuba se faz mediante projetos de investigações nos quais se incluem os pacientes de acordo com os objetivos do estudo, e não com um critério assistencial, pois esta última opção não pode ser aplicada até não existirem suficientes evidências capazes de fundamentar seu emprego em massa, como método terapêutico, seguro e eficaz.

 Tomando em conta as perspectivas favoráveis que pode oferecer às pessoas com doenças crônicas que não respondem aos tratamentos convencionais, a terapia celular é considerada um dos avanços médicos importantes dos últimos anos.