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Amigos de uns 80 países reúnem-se
em Havana
Uma forte
recusa ao genocida bloqueio econômico que os Estados
Unidos mantêm sobre a Ilha, há mais de meio século,
foi escutada no Encontro Internacional de
Solidariedade, do qual participaram mais de mil
sindicalistas e líderes de organizações sociais e de
amizade com Cuba de quase 80 países, celebrado em 2
de maio.
Os
participantes exigiram a liberdade imediata para os
três cubanos que ainda permanecem prisioneiros nos
cárceres estadunidenses desde 1998, quando foram
presos por monitorarem as atividades de grupos
extremistas anticubanos, assentes no sul da Flórida.
Raimundo
Navarro, integrante do secretariado nacional da
Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), disse ao
Granma Internacional que Cuba oferece experiências
baseadas nas vivências da unidade e da integração,
porque existe um inimigo comum que se chama
capitalismo.
Após a sua
intervenção, num encontro sindical pela unidade de
ação dos trabalhadores do setor da construção, o
líder cubano expôs que atualmente os sindicalistas "procuram
ações integradoras contra as bases militares, a
criminalização dos protestos, a segurança ao
trabalhador em trabalhos de alto risco, o cuidado do
meio ambiente ante o vazamento de substâncias
tóxicas e a luta por melhores condições de trabalho
e salariais".
O evento reuniu
a Federação Latino-americana dos Trabalhadores da
Construção, Madeira e Materiais da Construção (Flemacom);
a Internacional da Construção e a Madeira (ICM) e o
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção
de Cuba (SNTC), os quais propuseram uma declaração
de princípios para o 6º Encontro Sindical da Nossa
América (ESNA), celebrado na capital cubana em 3 e 4
de maio, com 455 participantes de 30 países,
representando 181 organizações.
Aqui foi
abordado o fortalecimento das organizações sindicais,
a consciência de classe dentro do movimento operário,
a integração dos povos, a articulação das lutas
frente ao capital e as empresas multinacionais, o
respeito à soberania e contra a exploração e a
injustiça social. Ainda o direito ao salário digno e
a igualdade de gênero.
Por seu lado, o
secretário-geral da Central dos Trabalhadores de
Cuba (CTC) e funcionário do Comitê Central do
Partido, Ulises Guilarte de Nacimiento, fez um apelo
para converter a crise numa chance para os
trabalhadores se unirem num front comum, numa
integração alternativa e antiimperialista baseada na
solidariedade e na complementariedade.
A Declaração
Final do ESNA acordou declarar o dia 1º de agosto
como Dia Continental de luta em respaldo ao governo
e ao povo venezuelanos, para demonstrar
solidariedade aos povos emancipados do imperialismo,
exigiu o fim do criminoso bloqueio dos Estados
Unidos a Cuba, pronunciou-se pela solidariedade e a
integração dos povos e acordou ações para fortalecer
o front comum de luta contra o capitalismo.
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