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Lula feliz de participar “deste novo momento que
Cuba vive”
• Junto ao presidente Raúl Castro
visitou o Terminal de Contêineres do Porto de Mariel
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio lula da
Silva, visitou junto ao presidente cubano, Raúl
Castro, o Terminal de Contêineres do Porto de
Mariel, a 45 quilômetros ao oeste de Havana, cuja
primeira fase foi inaugurada recentemente.
Durante o percurso, Lula constatou a magnitude da
obra que ali se realiza com a contribuição de um
crédito outorgado pela nação sul-americana,
expressando posteriormente à imprensa cubana que,
“esta obra representa para este país a possibilidade
de uma revolução industrial, de atrair empresas para
o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia e
utilizar o porto de Mariel como referência para a
América Latina e o Caribe”.
Lula disse sentir-se orgulhoso e feliz “porque
temos participado deste novo momento que Cuba vive”.
E acrescentou: “o presidente Raúl está tomando
decisões firmes para modernizar seu país... agora
somente necessitamos derrubar o bloqueio
norte-americano para que Cuba possa desenvolver-se à
plenitude”.
Anteriormente, o diretor-adjunto do Terminal,
Álvaro Molina, expôs aspectos desta obra como sua
história, características, situação geográfica,
tecnologia, bem como o processo de fluxo no terminal
e seu sistema operativo, considerado entre os mais
modernos do mundo portuário.
Informou que “se cumpre o cronograma de transferir
as operações do Terminal de Contêineres de Havana
para o de Mariel, que deve concluir em maio de
2014”. Também acrescentou que “desde 26 de janeiro
até hoje foram operados sete navios e se tem
realizado um total de 1.158 movimentos”.
Sobre a Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, a
presidenta executiva de Armazéns Universais, Eradis
González, explicou que “neste momento um grande
número de empresas têm mostrado interesse em
estabelecer-se aqui, incluídas várias brasileiras”,
afirmou.
O ex-presidente do Brasil manifestou que “a partir
de agora começa um processo mais complicado que é
convencer os investidores das oportunidades desta
Zona”.
Por seu lado, o presidente Raúl Castro acrescentou
que “se tem trabalhado muito em todos os aspectos
legais que acompanham esta obra, com o propósito de
fazer todas as gestões num mesmo lugar e dar maiores
facilidades a aqueles que venham investir”.
Quanto às vantagens desta Zona Especial para os
investidores, a diretora-geral deste departamento,
Ana Teresa Igarza, considerou novo o âmbito
regulador que dirige o trabalho na Zona, é mais ágil
o processo de aprovação — flutua entre 45 e 65 dias
— e foi estabelecido, além do mais, um grupo de
benefícios fiscais com o objetivo de atrair
investimentos.
O encontro também foi utilizado para que
especialistas de ambos os países trocassem
experiências sobre o emprego de diferentes energias
renováveis, como a biomassa da cana-de-açúcar e as
possibilidades de colaboração nesta área, onde o
Brasil é um dos líderes mundiais.
ENCONTRO COM EMPRESÁRIOS
“Estou muito contente de estar neste país irmão,
onde temos discutido as relações de Cuba com seu
próprio desenvolvimento e como o Brasil pode
ajudá-los”, expressou Lula em uma reunião com
empresários cubanos, ministros e funcionários do
governo, no Hotel Nacional .
Na ocasião, Lula ministrou uma conferência
denominada “A experiência brasileira para atrair
investimentos, o Estado como indutor, associado e
facilitador”.
O ministro do Comércio Exterior e Investimento
Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, destacou a
importância desta reunião com o ex-presidente
brasileiro, pois aborda um tema de “atualidade
plena” para Cuba, cujo Parlamento deve discutir,
neste mês de março, uma nova lei do investimento
estrangeiro.
Lembrou que este é um tema das Diretrizes da
Política Econômica e Social, aprovadas no 6º
Congresso do Partido Comunista de Cuba.
Nessa própria jornada, o ex-presidente brasileiro,
acompanhado do membro do Bureau Político das Forças
Armadas Revolucionárias (FARs), general de
corpo-de-exército, Leopoldo Cintra Frias, visitou
plantações de sementes desenvolvidas no sul da
província de Ciego de Ávila com a ajuda de entidades
da nação sul-americana.
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