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Depois de cumprir sua injusta condenação nos Estados
Unidos, o Herói da República de Cuba, Fernando
González, chegou a sua Pátria e ao seio de sua
família, sexta-feira (28) de fevereiro
Nuria Barbosa León
O povo cubano acompanhou com
atenção a chegada e recepção de Fernando González
Llort, sexta-feira (28) de fevereiro, justo ao
meio-dia, e foi testemunha do sorriso do homem que
esteve 15 anos, cinco meses e 15 dias no cárcere,
por defender seu país de ataques terroristas
orquestrados por bandos anticubanos, domiciliados na
Flórida.
Um abraço do presidente cubano
Raúl Castro, os beijos de sua mãe Magali e de sua
esposa Rosa Aurora Freijanes fizeram com que se
sentisse muito feliz, e assim o expressou: “É uma
felicidade difícil de descrever, estar aqui em Cuba,
estar aqui com a família, é uma felicidade imensa e
ao mesmo tempo lhe falta um pedaço, o pedaço que
fica reservado para que neste mesmo lugar também
estejam Ramón, Gerardo e Tony, nesse momento a
felicidade será completa”.
Fernando foi preso pelas
autoridades estadunidenses, em 12 de setembro de
1998, junto a seus irmãos de luta René González,
Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio
Guerrero. Neste 27 de fevereiro concluiu a sanção
que lhe foi imposta pelo Tribunal Federal do
Distrito Sul da Flórida, que o declarou culpado de
acusações que jamais foram demonstradas, durante o
longo processo judicial ao qual foram submetidos os
Cinco, que em realidade trabalhavam para impedir
atos terroristas contra Cuba e cidadãos de outros
países, incluídos os dos Estados Unidos.
A administração norte-americana
tem a prerrogativa de dispor a liberdade imediata
dos nossos heróis, não só por razões humanitárias,
mas também como ato de justiça, porque existem
provas suficientes que demonstram que no julgamento
contra os Cinco foram violados procedimentos legais
e princípios constitucionais básicos desse país.
“É uma honra para mim ser
recebido pelo presidente de Cuba, Raúl Castro”,
disse Fernando a sua chegada. “É um gesto que me
compromete na luta pelo retorno dos meus irmãos. É
um gesto que me enche de humildade e gratidão”.
Para exigir a liberdade dos
lutadores antiterroristas cubanos ainda presos,
milhares de estudantes universitários marcaram
presença num concerto nas escadarias da Universidade
de Havana, sábado, 1º de março. Com a mensagem “Os
queremos em casa”, os trovadores Gerardo Alfonso,
Eduardo Sosa, Tony Ávila e Vicente Feliu, os
improvisadores Hectico e Aramís, e as agrupações Los
Van Van, Havana D’Primeira e Yoruba Andabo, saudaram
Fernando e René (primeiro a chegar a Cuba, depois de
ter cumprido sua sentença).
Minutos antes de começar o
concerto, em breves palavras escritas de próprio
punho, Fernando manifestou sentir-se muito empolgado
por estar de novo na Pátria e agradeceu
especialmente a seu povo pelo apoio durante tantos
anos.
“Muito obrigado aos jovens pela
organização do concerto, os jovens de hoje são os
herdeiros de nossa tradição de luta”. E acrescentou:
“Nem a mais criativa das imaginações poderia ter-me
preparado para o que estou vivendo, assim que desci
da escada do avião onde retornei à Pátria”.
Conferências, atos, colóquios,
tertúlias de poesias, concertos de trovadores e
outras atividades se efetuaram nestes dias, em
coletivos de estudantes e trabalhadores, para
expressar o sentimento do povo cubano a favor de
continuar a luta pela libertação de seus heróis.
No fechamento desta edição
começará em Londres, nos dias 7 e 8 de março, o
evento Vozes pelos Cinco, onde participarão
reconhecidas personalidades mundiais. Este fórum tem
como elemento principal uma Tribuna internacional,
onde serão mostradas evidências do terrorismo contra
Cuba.
O ditame da Comissão será
apresentado às autoridades estadunidenses e
diretamente ao presidente Barack Obama, noutra
jornada que terá lugar em Washington, em junho
próximo.
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