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Filha de Che Guevara diz que missão
cubana contra ebola é um "dever"
• "As missões médicas cubanas
no mundo estão sustentadas
sobre o princípio de que solidariedade não é dar o
que sobra, mas fornecer o que outros precisam",
destacou a médica pediatra Aleida Guevara March,
filha de Ernesto "Che" Guevara, durante uma viagem a
Buenos Aires
Aleida visitou a capital da
Argentina e deu seu total apoio ao programa
"Operação Milagre", que já devolveu a visão a cerca
de 48 mil argentinos desde 2005.
Ela
falou também sobre a viagem de especialistas cubanos
para África com o objetivo de trabalhar no combate
do vírus ebola. Nesta quarta-feira (1º/10), o
presidentes Raúl Castro, despediu-se de 165
profissionais que compoem uma missão dirigida à
Serra Leoa. O contingente é integrado por 62 médicos
e 103 enfermeiros, todos com experiência em
desastres naturais e epidemioas.
"É o que estamos acostumados",
disse Aleida à Prensa Latina, quando perguntada a
sua opinião sobre essa nova ajuda solidária. "É
nosso dever; somos afro-latino-americanos, e vamos
retribuir solidariamente aos filhos desse continente
por sua contribuição à nossa nação", aprofundou em
sua reflexão.
Aleida Guevara participou na noite desta
quinta-feira (2) do debate "Os trabalhadores da
saúde e as missões internacionais de Cuba",
organizada pela Associação de Trabalhadores do
Estado no Auditório Evita de sua sede nacional em
Buenos Aires.
A filha de Che Guevara destacou que desde os anos de
1960 até hoje, cerca de 76.745 colaboradores da área
de saúde trabalharam em 109 países do mundo, destes
39 africanos. Nestes momentos - afirmou - trabalham
4.048 em 32 países desse continente, deles 2.269
médicos.
Mas essa ajuda é prestada também à América Latina,
onde há milhares de cooperantes, entre doutores,
técnicos e enfermeiros, na Venezuela, na Bolívia, no
Equador, na América Central e mais recentemente se
abriu uma nova frente no Brasil.
Apesar de ser um país pobre e, além disso, bloqueado
pelos Estados Unidos, Cuba prestou essa ajuda sem
descuidar da atenção médica na ilha, onde hoje a
taxa de mortalidade infantil é de quatro em cada mil
nascidos vivos; no triunfo da revolução era de 60 em
cada mil, comparou.
Além dessa cooperação, o líder histórico da
revolução cubana, Fidel Castro, abriu em Havana em
1999 a Escola Latino-americana de Medicina (Elam).
Em Cuba, já se graduaram mais de 38.920
profissionais da saúde de 121 países da América
Latina, África e Ásia, particularmente na Elam. Além
disso, especialistas cubanos contribuem com a
formação de 29.580 estudantes de medicina em 10
nações do mundo.
A filha do Che destacou a criação em 2005 do
contingente internacional de médicos especializados
em desastres naturais e epidemiológicos Henry Reeve.
De seus membros, 4.156 já cumpriram missões em sete
países: Guatemala, Paquistão, Bolívia, Indonésia,
México, Peru e China com importantes resultados em
seu trabalho.
(Extraído do portal Vermelho)
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