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Havana. 30 Julho, de 2014

Vila Vermelha mudou e cresce
• Artemisa celebrou ato central pelo 26 de julho, Dia da Rebeldia Nacional, com novas conquistas socioeconômicas em benefício de seus povoadores

Ana María Domínguez Cruz

HÁ três anos, tudo mudou para Artemisa, outrora município de Havana. Um dia amanheceu com a missão de tornar-se município e sede da província do mesmo nome, envolvendo os municípios de Mariel, Guanajay, Caimito, Bauta, San Antonio de los Baños, Güira de Melena, Alquízar, Bahía Honda Candelaria e San Cristóbal. A partir desse momento e até hoje, coube-lhe assumir desafios socioeconômicos que devem, em correspondência com o que o presidente Raúl Castro afirmou, demonstrar o que o socialismo pode atingir em nossa terra, pois potencial e decisão do povo têm de mais.

Com um novo modelo de gestão do governo, a aplicação de novas concepções na direção política e administrativa do território e a posta em prática, de maneira experimental, dum novo sistema de comercialização de produtos agropecuários, com o fim de reduzir as perdas e simplificar os caminhos entre o produtor agropecuário e o consumidor final, Artemisa exibe hoje resultados alentadores.

Longe de se vangloriar, seus povoadores continuam esmerando-se para que seu território continue sendo terra de forte base agrícola e para que o desenvolvimento industrial atinja melhores índices.

"Nesse sentido, a Zona Especial de Desenvolvimento Mariel (ZEDM) constitui pilar essencial no cumprimento desta meta, pois esta é a oportunidade que Cuba tem para incrementar a exportação, substituir importações e desenvolver projetos de alta tecnologia e desenvolvimento local, bem como para gerar novas fontes de emprego", segundo explicou o presidente da Assembleia provincial do Poder Popular em Havana, Juan Domínguez, durante a mesa redonda de 23 de julho, intitulada, "Artemisa: uma província que cresce".

"Sem dúvida, Mariel será um polo atraente para o investimento nacional e estrangeiro, mas desde já beneficia a cotidianidade dos povoadores de Artemisa", segundo opinou a diretora do Escritório Regulador da ZEDM, Ana Teresa Igarza Martínez. "Os povoadores desta província já podem desfrutar dos serviços dum transporte ferroviário que, em cada 25 minutos, permite o movimento de passageiros desde Mariel até a capital. Aproximadamente 1,5 mil populares desse território trabalham nesta zona, sendo esta, aliás, uma maneira de que um projeto de desenvolvimento com benefício nacional, também tenha um impacto positivo na localidade".

Apesar das perspectivas futuras da ZEDM, Artemisa continua sendo um lugar da geografia cubana eminentemente agrícola e suas potencialidades nesse sentido devem superar-se cada vez mais, com o objetivo de satisfazer as exigências da população local e da capital, principal fonte de destino das produções.

O diretor-geral do Grupo Empresarial Agropecuário e Florestal, Tomás Rafael Rodríguez, precisou que as novas formas de comercialização tiveram boa aceitação em Artemisa, pois os resultados satisfatórios são exemplo disto.

"Este é um território com capacidade para desenvolver culturas variadas, que ultrapassam as 342 mil toneladas para responder às exigências de Havana e da zona. Temos 37 cooperativas que vendem diretamente na capital, com 77 mercados alugados para este fim, e temos condições suficientes para incrementar esta produção, porque um crescimento anual acima das 20 mil toneladas é um bom fruto, mas ainda insuficiente".

Acerca do desenvolvimento pecuário, Rodríguez López destacou que o futuro está próximo e sem incertezas. "Nossos planos se perfilam para o ano 2025, mas o processo se pode acelerar, pois temos o pessoal necessário, as estruturas e a base genética para isso. Temos que trabalhar na limpeza das áreas, na garantia do fluxo zootécnico e no sistema de controle do gado, porém vamos avançando".

Para ninguém é segredo que Artemisa é a maior produtora de tubérculos e ovos do país, e que os litros de leite anuais superam os 20 milhões. "Na empresa avícola temos um potencial louvável, pois neste ano vamos ultrapassar os 243 milhões de unidades e a empresa pecuária pode dar um salto de qualidade acima das 12,400 toneladas de carne".

A venda de charuto se incrementa, bem como a produção de sementes e de café, que se recupera com novas plantações.

"Nem sequer nos preocupa que 70% da nossa população esteja concentrada na área urbana, pois segundo as estatísticas, 63,788 hectares de terra foram entregues a pessoas naturais e jurídicas que aderiram ao movimento a favor do aumento da produção que necessitamos", acrescentou Rodríguez López.

Existem muitos exemplos positivos, porque as produções de chocolates, bolachas e pó para empanar, de doces em conserva e em caldas, e até de vinho Soroa, mostram números que deixam atrás um sonho, uma quimera, para demonstrar que são palpáveis na cotidianidade.

Do ponto de vista social, Artemisa assumiu a criação de uma Universidade integral; entanto o acesso à maioria dos serviços hospitalares existia somente na capital do país, agora já existem no território. "Foram recuperados serviços anteriormente inexistentes com investimentos em equipamentos e infraestrutura, foram criadas as condições para o exercício de especialidades ausentes, se trabalha para fortalecer as condições higiênico-epidemiológicas e se melhoram as condições construtivas dos consultórios do médico de família", informou o diretor provincial da Saúde em Artemisa, Armando Andrés Marrero Mederos.

"Mandar fazer uns óculos, restaurar uma peça dental, receber tratamento contra a infertilidade e, inclusive, estudar Medicina já não são aspirações vazias, acrescenta, porque para cada uma dessas exigências, Artemisa tem respostas, embora ainda ficassem outras por satisfazer".

Visitar a Vila Vermelha (como é conhecida Artemisa) nestes dias é uma maneira de encontrar o porquê de um epíteto tão singular, tendo naqueles 28 filhos participantes das ações de 26 de julho de 1953, a razão. Mas também, a possibilidade de ligar palavras com fatos. Esta é a melhor opção para confirmar que tudo o que há anos se falou, se projetou, se planificou, hoje se concretiza, embora também venham à tona convicções acerca dos desafios que a província tem por diante.

Com certeza, um deles é a Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, situada quase no meio do território, mas também estão outros na agricultura, pecuária, educação, saúde, industrialização, cultura, esporte. O mais importante de todos, que não termina com a pintura recém dada por ocasião da celebração, é demonstrar o que o socialismo cubano pode conseguir.

"Com ordem, disciplina e exigência se projetam as linhas do triunfo", afirmou o primeiro secretário do Comitê Municipal do Partido Comunista de Cuba em Artemisa, José Antonio Valeriano, pois o objetivo é continuar e superar esta missão que começou há três anos e meio.

Se a identidade e o sentido de arraigo se afiançam em cada morador desta vila vermelha, tomara aconteça o mesmo com a força, o ímpeto e a inteireza para enfrentar o que sobrevier. Artemisa mudou, agora lhe cabe crescer. (Extraído do Cubahora)


ARTEMISA: Nova província cubana, aprovada pela Assembleia Nacional de Cuba, em agosto de 2010, e cujo funcionamento entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2011. É formada por oito municípios da província Havana e três municípios da província de Pinar del Río. A capital é a cidade de Artemisa, que foi o maior município em extensão e população da antiga província Havana.

Tem uma população de 502,392 habitantes e uma superfície de 4,427 quilômetros quadrados. Dispõe de uma área agrícola de 272,849 hectares, 68,1% do território, que lhe permite produzir alimentos para satisfazer suas exigências e apoiar a capital.


ATAQUE ao Quartel Moncada: ação ocorrida em 26 de julho de 1953, quando um grupo de jovens organizados e dirigidos por Fidel Castro Ruz atacou o quartel Moncada, o hospital Saturnino Lora, o Palácio de Justiça de Santiago de Cuba e o quartel Carlos Manuel de Céspedes de Bayamo. O objetivo principal da ação era desatar a luta armada contra a ditadura do general Fulgencio Batista (1952-1958).
 

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