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Raúl liderou ato pelo Dia da
Rebeldia Nacional
• "Temos
chegado até aqui graças à unidade do povo e sua
confiança na Revolução" • Afirmou o comandante da
Revolução, Ramiro Valdés, no ato pelo 26 de Julho em
Artemisa
O presidente
Raúl Castro liderou o ato pelo 61º aniversário do
ataque aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de
Céspedes, em 26 de julho, Dia da Rebeldia Nacional,
celebrado na província de Artemisa, a oeste da
capital.
A permanente
disposição do povo cubano a garantir a
perdurabilidade da Revolução e do Socialismo foi
ressaltada pelo Comandante da Revolução Ramiro
Valdés Menéndez — um dos participantes daquela gesta
liderada por Fidel contra a tirania de Fulgencio
Batista, em 1953 — o qual pronunciou o discurso
central da comemoração.
"Não temos
outra alternativa que continuar lutando cada dia com
a Pátria, com a Revolução e com o Socialismo", disse
Valdés Menendez, que também é vice-presidente dos
Conselhos de Estado e de Ministros.
Após recordar o
penoso panorama econômico, político e social de Cuba
antes de 1959, que herdou a Revolução, Ramiro Valdés
acrescentou que foi essa situação a que provocou a
decisão de luta da juventude da época, representada
pelos seguidores de Fidel, os quais assaltaram os
dois quartéis da antiga província de Oriente.
Após lembrar
que o povo cubano conseguiu ultrapassar enormes
obstáculos e adversidades, o Herói da República de
Cuba assinalou que o projeto revolucionário
conseguiu chegar até o presente "graças à unidade do
povo e sua confiança neste processo".
"Quando
atacamos o Moncada nenhum de nós pensamos estar aqui
61 anos depois", sublinhou. "Deste lugar", disse,
referindo-se à cidade de Artemisa, "partimos 28
jovens com o lema martiano que diz: ‘o verdadeiro
homem não olha de que lado se vive melhor, mas sim
de que lado está o dever’".
Relativamente à
nova província, sede do ato nacional pelo 26 de
julho, frisou que nela hoje tem lugar uma
experiência organizativa e estão sendo implementadas
novas formas de comercializar os produtos
agropecuários, entre outras experiências.
Destacou que
nesse território está, ainda, a Zona Especial de
Desenvolvimento Mariel (ZEDM), a qual considerou que
é um desafio para a região, aludindo a esse
megaprojeto.
"Do esforço de
todos depende que consigamos desenvolver um
socialismo próspero e sustentável, como se recolhe
nas Diretrizes da Política Econômica e Social do
Partido e a Revolução", precisou Ramiro Valdés.
Junto ao
presidente Raúl Castro encontravam-se o segundo
secretário do Partido e vice-presidente dos
Conselhos de Estado e de Ministros, José Ramón
Machado Ventura; e o primeiro vice-presidente dos
Conselhos de Estado e de Ministros e membro do
Bureau Político do Partido, Miguel Díaz-Canel
Bermúdez.
Durante o ato,
também discursou o primeiro secretário do Partido na
província de Artemisa, José Antonio Valeriano,
assegurando que a província se transforma e hoje é
terra de futuro e esperanças.
"Para isso,
disse, contamos com o privilegio dessa baía
profunda, onde já se percebe o trabalho dos navios,
docas, carregando e descarregando, que na primeira
etapa dará emprego a mais de 1,5 mil trabalhadores e
que constituirá uma contribuição à sustentabilidade
comercial cubana.
Valeriano
destacou o caráter experimental dos modelos de
gestão governamental, implementados tanto em
Artemisa quanto em Mayabeque, cujos resultados
servirão de guia para o aperfeiçoamento do modelo
socioeconômico de Cuba.
Wendy Ferrer,
estudante da sexta série da escola de ensino
primário Carlos Rodriguez, agradeceu aos combatentes
do Moncada, ainda presentes, por terem lutado para
converter os quartéis em escolas. "Há seis décadas,
na paisagem de Artemisa se podia ver crianças
desnutridas e sem instrução, porque as poucas
escolas rurais que existiam estavam abandonadas:
hoje, nos instruímos todos, sem diferença de classe,
raça ou credo religioso, e contamos com os meios de
ensino necessários para receber uma formação
artística, esportiva e uma educação de valores",
reafirmou.
Por volta de
oito mil cubanos, representando o povo dessa jovem
província, marcaram presença na celebração, que teve
lugar no Mausoléu dos Mártires de Artemisa, com a
presença, ainda, de outros lideres políticos,
combatentes do Moncada, expedicionários do iate
Granma, brigadas solidárias com Cuba e dos lutadores
antiterroristas cubanos René González e Fernando
González, familiares dos Cinco e outros convidados.
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