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Havana. 2 Julho, de 2014

Vice-presidente da Argentina destaca em Havana importância da integração

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, realizou uma visita oficial a Cuba, durante a qual se reuniu com o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; tributou uma homenagem ao Herói Nacional, José Martí e ministrou uma conferência no Centro de Estudos da Economia Cubana.

Durante a entrevista com Díaz-Canel, ambos coincidiram em destacar o ótimo estado das relações bilaterais e as potencialidades para seu fortalecimento. Abordaram, aliás, temas de interesse mútuo da agenda regional e internacional.

Boudou foi acompanhado pela embaixadora da Argentina em Havana, Juliana Isabel Marino, e pelo chefe da secretaria privada do vice-presidente, Héctor Eduardo Romano. Pela parte cubana marcaram presença o vice-ministro das Relações Exteriores, Rogelio Sierra e outros funcionários da chancelaria.

Durante a estada, o vice-presidente da Argentina ressaltou a importância de nossos povos e governos continuarem trabalhando em prol da integração da América Latina e o Caribe. Num intercâmbio com a imprensa, antes de ministrar uma conferência no Centro de Estudos da Economia Cubana, Boudou insistiu na necessidade de constituirmo-nos todos como uma só região, com uma identidade própria, com interesses comuns, acima da nossa diversidade.

"Nós devemos reconhecer-nos fazendo parte de um projeto de independência que ainda não concluiu, ainda que quase todos nossos países completem 200 anos de independência", disse. "Primeiro, conseguimos quebrar o colonialismo político, mas agora vem a etapa de quebrar o colonialismo econômico".

"Isso vai precisar dum maior intercâmbio entre as nossas nações, e que não encaremos isso como um intercâmbio comercial, senão como uma integração produtiva".

Nesse sentido, destacou a necessidade de redirecionar para os nossos países o comércio que se mantém com outros continentes.

"Dessa forma, disse, podemos gerar empregos e, na verdade, o que engrandece as nações é a possibilidade do povo todo ter emprego, de estar trabalhando com dignidade, com um bom sistema de previdência social".

"Nesta etapa acredito que é preciso para todos os nossos países que trabalhemos a favor da integração", insistiu. E lembrou que na 2ª Cúpula da Celac a presidenta, Cristina Fernández de Kirchner, assinalou que esse deveria ser o caminho a seguir. "É claro, estamos muito comprometidos com esta visão", afirmou.

Por outro lado, o vice-presidente se referiu ao reclamo argentino das ilhas Malvinas, assunto sobre o qual na quinta-feira, 26 de junho, teve lugar um debate nas Nações Unidas.

Primeiramente, agradeceu a Cuba por seu constante apoio neste tema.

"Não é um tema do governo da Argentina, disse, é um tema do povo argentino, e nós interpretamos também que hoje é um tema da América Latina e o Caribe, devido ao apoio que encontramos".

"Reclamamos em termos de razão e não em termos de força", acrescentou. "As Malvinas são argentinas e têm que fazer parte da nossa soberania".

Boudou também comentou sobre os fundos ‘abutres’. "É muito importante que a Argentina possa continuar pagando sua dívida", disse. E lembrou que se trata de um país que durante muitos anos foi submetido a um esquema de endividamento, desde o exterior e a partir de dentro; muitas vezes os governos dos nossos países não trabalharam para seus povos, mas sim para o sistema financeiro internacional".

Recordou que esta situação explodiu na Argentina, no ano 2001, e que com a chegada de Néstor Kirchner e depois da Cristina Fernández de Kirchner, teve lugar uma reorganização da economia, "uma economia com crescimento e inclusão social, isto é, um crescimento que chegasse ao conjunto do povo e não somente aos poderosos de sempre".

"Isso também implicou a necessidade de reestruturar a dívida, reestruturação muito bem sucedida em 2005, em 2010, a possibilidade de a Argentina pagar completa a dívida ao FMI e não ter de escutar mais seus conselhos, que não tinham sido bons".

"Hoje nos encontramos numa altura onde queremos pagar", reafirmou, "queremos continuar honrando todos os compromissos que se foram assumindo e isto é preciso fazê-lo com justiça e continuar negociando para conseguir que a Argentina continue crescendo porque, como disse Néstor Kirchner, os mortos não podem pagar suas dívidas, então se alguém pretende que a Argentina desapareça como uma nação soberana, não poderá cobrar suas dívidas".

Relativamente à visita ao Centro de Estudos da Economia Cubana, destacou que a ideia era trocar experiências, a partir da verdade relativa da cada um.
 

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