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Havana. 2 Abril, de 2014

Parlamento cubano aprova nova Lei do Investimento Estrangeiro

Livia Rodríguez Delis

NO setor empresarial cubano e do mundo tem causado grande expectativa a aprovação no Parlamento de Cuba da nova Lei do Investimento Estrangeiro, que constitui uma das ações de maior conotação estratégica no processo de implementação das diretrizes da política econômica e social do Partido e a Revolução.

 Acerca de sua funcionalidade, o vice-presidente do Conselho de Ministros, Marino Murillo, explicou aos legisladores que como se está trabalhando num programa de desenvolvimento, a longo prazo, deverá definir-se qual o ritmo de crescimento anual que vai ter a economia da Ilha, até 2030 e quais os ritmos anuais de empreendimentos, para apoiar o crescimento produtivo que o país deve atingir.

 Marino Murillo argumentou que atualmente a economia cubana está na disjuntiva de quanto deve destinar a esses empreendimentos e quanto ao consumo, a partir de um Produto Interno Bruto (PIB) insuficiente, com o objetivo de conseguir ritmos ideais de crescimento de entre 5 e 7%, para construir o modelo de desenvolvimento que o país pretende conseguir.

 Advertiu que Cuba tem atividades primordiais que precisam dum forte processo de investimento para seu desenvolvimento, que não vai ser possível conseguir sem fontes externas, como o investimento estrangeiro, mencionando entre elas o setor agropecuário.

 “Nos últimos anos, o crescimento do PIB de Cuba tem sido moderado; em 2013 atingiu 3% e neste ano se prevê um crescimento de 2,2”, afirmou Murillo, que também explicou que a economia cresce positivamente, mas seu ritmo diminui, o que significa uma desaceleração, um sinal de que é necessário um financiamento externo.

 Numa apresentação do novo âmbito legal, o ministro do Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, reafirmou que esta política está em correspondência com o sistema socialista cubano e se diferencia em que aposta na preservação da soberania e dos recursos naturais, do meio ambiente e do patrimônio nacional.

 Aprovada por unanimidade na Legislatura, a lei contém 34 princípios gerais, entre os que destacam o investimento estrangeiro como fonte de desenvolvimento econômico para o país a curto, médio e longo prazo; e que sua atração deve ter como objetivos o acesso a tecnologias de ponta, captação de métodos gerenciais, diversificação e ampliação dos mercados de exportação, a situação das importações e a captação de maiores receitas a partir das relações produtivas com a economia nacional.

 “Um dos objetivos da lei também é promover o investimento estrangeiro sobre a base de uma ampla e diversa carteira de projetos e promover as zonas especiais de desenvolvimento, iniciando os trabalhos pela zona de Mariel”, explicou o ministro.

 Malmierca também se referiu a outras prioridades estabelecidas para a Ilha como a contribuição para a mudança da matriz energética do país, mediante o aproveitamento de fontes renováveis de energia e garantir a participação majoritária cubana naquelas associações que se destinem à exportação de recursos naturais, à prestação de recursos públicos, ao desenvolvimento da biotecnologia, ao comércio atacadista e ao turismo.

 O setor não estatal, nomeadamente as cooperativas, também poderia beneficiar-se com o fluxo de capital externo, mas de maneira excepcional e sob supervisão do governo.

 “Por sua importância — argumentou — foram definidos princípios específicos para os setores agrícola e florestal; alimentar; de energia e mineração; açucareiro; mecânica siderúrgica, leve e eletrônica; farmacêutico e biotecnológico; do comércio atacadista; da saúde; a construção; o turismo e o transporte”.

 Entre as principais novidades do âmbito legal está a eliminação do pagamento do imposto sobre receitas, nos primeiros oito anos e excepcionalmente por períodos superiores e em matéria de comércio exterior foi disposto outorgar preferências à compra de produtos nacionais em condições de concorrência, ficando previsto o tratamento ao investimento estrangeiro no momento da unificação monetária.

 O funcionário cubano afirmou que os investidores têm total proteção e segurança e não vão ser expropriados, salvo por motivos de utilidade pública ou de interesse social e que o Estado garante a livre transferência ao exterior, em moeda livremente conversível, dos dividendos e benefícios que tiver o investidor estrangeiro.

 Entre outros elementos idôneos para a atração de capital estrangeiro, a lei é favorecida pela atualização do modelo econômico, a estabilidade política e social que diferencia a Cuba e a disponibilidade de recursos humanos qualificados, elementos idôneos.

 Contudo, Malmierca alertou que existem obstáculos que limitam a participação estrangeira na economia cubana, tais como o bloqueio econômico imposto pelos EUA, a situação do endividamento externo, os erros cometidos no passado nesta atividade e as restrições provocadas pela escassez de divisas.

 Além de aprovar a nova Lei do Investimento Estrangeiro, os deputados cubanos elegeram novos membros do Conselho de Estado e ratificaram, com uma declaração, a continuidade da luta para o cessar da injusta e arbitrária prisão nos Estados Unidos dos lutadores antiterroristas cubanos Ramón, Gerardo e Antonio.

 

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