A Feira
Internacional de Havana se reafirma como uma das
mais importantes da América Latina
• Cuba apresentará nova
carteira de negócios
Livia Rodríguez
Delis
A trigésima segunda edição da Feira
Internacional de Havana (Fihav 2014), que se
celebrará na próxima semana, será dedicada à
promoção do investimento estrangeiro em Cuba. Com
esse fim se realizará nesse evento a apresentação de
uma carteira de projetos, a primeira que se elabora
de maneira detalhada, com os principais interesses
de desenvolvimento econômico da nação caribenha.
Em entrevista coletiva, o ministro
do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro,
Rodrigo Malmierca Díaz, explicou que os empresários
de mais de 60 países que assistirão à Fihav 2014
terão acesso a um grande volume de objetivos que
envolvem todos os ramos da Ilha.
"Foi um esforço grande que fez o
país em função de identificar projetos concretos em
todos os setores da economia, onde queremos receber
investimentos e que já têm determinado nível de
estudo, em muitos casos já têm estudos prévios de
facilidades, o qual vai permitir aos empresários
estrangeiros poder ter uma informação realmente
valiosa para tomar suas decisões".
Opinou que a aprovação nos fins de
março passado da Lei 118, pelo Parlamento cubano,
permitiu avançar na promoção dos interesses
econômicos da Ilha. "Na mesma medida que vai
avançando o processo de implementação das
Diretrizes, a atualização de nosso modelo econômico
vai entrando em uma etapa mais complexa e decisiva e
se criam melhores condições para que nossos
parceiros comerciais possam trabalhar no país."
Acerca do recinto de feiras
Expocuba, o qual será a sede deste importante evento
e que se encontra ao limite de sua capacidade nas
áreas de exposição, já cobertas por causa do
interesse que continua fazendo sentir a Fihav,
considerou:
"O nível de participação, que cada
ano cresce ainda mais, reforça a afirmação de que o
bloqueio, ainda que continue provocando um grande
dano ao nosso país, fracassou na sua intenção de
isolar a Ilha maior das Antilhas do resto das
entidades comerciais do mundo."
Adiantou que também estarão
presentes nesta edição da Feira de Havana quase 30
delegações de governo e instituições estrangeiras.
O presidente da Câmara do Comércio
de Cuba, Orlando Hernández Guillén, precisou que o
pavilhão central abrange uma área de 5 mil metros
quadrados e será ocupado por mais de 360 empresas
nacionais.
"Há 170 estandes onde se localizam
os principais produtos e serviços da exportação
cubanos. Ali, nesta ocasião, vão estar a Zona
Especial de Desenvolvimento de Mariel e pela
primeira vez também o terminal de contêineres de
Mariel".
Assinalou, ainda, que vai haver um
espaço com representantes do gabinete do Conselho
Monetário do Sucre para oferecer informação a
empresários cubanos e estrangeiros sobre o
funcionamento desse mecanismo.
Durante a Feira terá lugar a décima
sessão do Comitê Empresarial Cuba-China, um comitê
empresarial com a Hungria, o fórum de negócios
Cuba-Caribe, e haverá reuniões com homens de
negócios da Venezuela, Rússia África do Sul, México,
Canadá, entre outras nações. Ainda, por ocasião da
Fihav, visitarão a Ilha representantes de 46 Câmaras
do Comércio e de promoção.
"A Feira será também um bom pretexto
para promover as atividades que se desenvolverão na
cidade oriental de Santiago de Cuba, pelo 500º
aniversário de sua fundação, no ano 2015", afirmou
Hernández Guillén.
Abraham Maciques, presidente do
grupo empresarial PALCO, argumentou que no ano 2013
foram contratados 18.300 metros quadrados para a
área de exposições e neste ano essa cifra já foi
superada. Já os 25 pavilhões se encontram reservados
e só restam as áreas exteriores.
"Entre os países que mais crescem na
área de exposição destaque para o Brasil e a
Itália", disse.
"Não menos de 25 nações solicitaram
espaço para esta feira, entre elas Venezuela,
Hungria, Rússia, Holanda, México, Chile, Sérvia,
Suíça, Costa Rica, Alemanha, Panamá, Canadá, Uruguai
e a Espanha, novamente a mais representada no
evento, com cinco pavilhões."
Para resolver as limitações de
espaço que já está apresentando a Feira, Maciques
explicou a intenção de desenvolver ainda mais as
feiras temáticas como a da Construção e a da Saúde
Pública, que se efetuará no ano 2015.
"Quer dizer, que já há diferentes
feiras que se vão ir incorporando por
especialidades, que contribuirão para ter outros
espaços para a promoção do produto cubano", disse.
Afirmou que entre as 45 unidades
gastronômicas que oferecerão seus serviços na Feira
de Havana foram incluídas, pela primeira vez duas
cooperativas, que são El Carmelo e La Casona de 17,
restaurantes de comida crioula e tradicional. Por
questões de espaço foi impossível autorizar outros
restaurantes, que trabalham sob regime de trabalho
independente ou autônomo, mais conhecidos em Cuba
como ‘paladares’.