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Feira Internacional de Turismo 2014 dedicada a
Havana
A capital cubana recebe 50% dos turistas que visitam
o país. A cidade conta com 12 mil apartamentos, os
que representam 23% das 60.500 capacidades da rede
nacional de hotéis
Lilliam Riera
A Feira Internacional do Turismo 2014 (FITCuba),
será dedicada neste ano a Havana como destino de
cidade e tem a França como país convidado de honra,
um mercado com incríveis possibilidades de
exploração, e potencializará como produto o turismo
de circuitos, muito procurado pelos mercados
europeus.
A Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, na capital,
reunirá de 6 a 10 de maio os participantes da 34ª
edição dessa feira, que contará, como é habitual,
com a participação de agentes de viagens,
representantes de agências de viagens e de linhas
aéreas, além da imprensa geral e especializada.
“Os três primeiros dias serão dedicados aos
encontros entre profissionais do setor e nos últimos
dois dias o público poderá desfrutar de ofertas
recreativas e turísticas, desenhadas especialmente
para o evento”, segundo explicou à imprensa a
diretora de Comunicação do Ministério do Turismo
(Mintur), Dalila González García.
A funcionária
também explicou que entre as novidades desta edição
está o interesse de estender a FITCuba a diferentes
províncias do país, o que em sua opinião constitui
um passo importante no desenvolvimento deste evento.
SEGUNDO PÓLO TURÍSTICO
A capital da República de Cuba como destino de
cidade, à qual está dedicada esta Feira, é
atualmente o segundo pólo turístico do país, depois
do balneário de Varadero, em Matanzas. Conta com 12
mil apartamentos que representam 23% das 60.500
capacidades da rede hoteleira nacional.
Também se conhece que por Havana chega 50% dos
visitantes estrangeiros, considerada a principal
porta de acesso à Ilha. Somente o aeroporto
internacional José Martí, o mais importante dos dez
que tem o país, recebe mais de um milhão de
turistas.
Contudo, existem outras vias de entrada, como a
marítima. Havana conta com a Marina Internacional
Hemingway, uma das sete existentes em Cuba, além de
um dos três terminais de cruzeiros do país, no porto
da capital, destinado a converter-se em porto
turístico, depois que concluam as obras que se
realizam no porto de Mariel.
Segundo considerou num encontro com a imprensa o
especialista comercial do Mintur, Regino Cruz, a
recém concluída temporada alta do turismo (que
começou em 1º de novembro de 2013 até 30 de abril de
2014) foi ótima para os chamados hotéis flutuantes,
pois a chegada de cruzeiros aumentou 20% respeito à
temporada alta anterior.
Informações oferecidas por funcionários do Mintur,
em outras ocasiões, põem ênfase nos trabalhos de
remodelação que se efetuam na rede hoteleira, para
dar maior conforto às instalações e elevar o padrão
de qualidade dos serviços que se oferecem. O hotel
Capri, na capital cubana, que reabriu as portas nos
finais do ano passado, é exemplo disto.
Também se soube do avanço das negociações para a
criação de empresas mistas, responsáveis pela
construção de imobiliárias associadas a campos de
golfe.
Havana é um dos pólos onde se pensa implementar
estes projetos, que permitirão atingir um nível e
padrões superiores no setor, para a diversificação e
incorporação de modalidades que são muito mais
procuradas e melhor pagas do que o turismo de
férias.
FRANÇA: PAÍS CONVIDADO DE HONRA
A escolha da França como país convidado de honra
nesta edição da Feira demonstra como Cuba aposta em
mercados que ainda têm incríveis potencialidades de
desenvolvimento, segundo declarações da diretora de
Comunicação do Mintur.
Precisamente, a França foi uma das nações, junto à
Itália e Alemanha, que incrementou a emissão de
turistas, na recém concluída temporada alta, segundo
informações oferecidas por Regino Cruz.
Em recente visita a Havana, onde foi recebido pelo
presidente Raúl Castro, o chanceler da França,
Laurent Fabius, expressou os desejos de seu país de
fortalecer os vínculos com a Ilha, durante um
encontro com o ministro cubano das Relações
Exteriores, Bruno Rodriguez Parrilla.
“A França é o nono parceiro comercial de Cuba em
setores variados. Mas podemos e devemos fazer ainda
mais”, disse Fabius.
Segundo se conheceu, a França tem especial interesse
pelo turismo de circuitos, que a FITCUba 2014
potencializará como produto.
Segundo o site da Feira, Cuba tem ótimas condições
para o desenvolvimento desta modalidade, muito
procurada pelos mercados europeus.
A relativa proximidade entre os principais lugares
de interesse natural e histórico-cultural da Ilha —
devido a suas características como país estreito e
alongado — bem como as facilidades para deslocar-se
entre as regiões turísticas definidas, constituem
condições favoráveis na hora de satisfazer àqueles
que gostam de combinar diversas preferências em uma
única viagem. •
Uma das
primeiras sete vilas fundada pelos espanhóis
A capital da República, cujo nome original é San
Cristóbal de La Havana , é uma das primeiras sete
vilas fundadas pelos espanhóis em Cuba.
Segundo as pesquisas esteve localizada em três
assentamentos até que em 16 de novembro de 1519 foi
situada junto ao porto Carenas, atual baía de
Havana, na zona onde se encontram El Templete e a
Praça de Armas. Em 20 de dezembro de 1592, Felipe II
conferiu-lhe o título de cidade e em 1593 virou
capital do país.
Seu centro histórico-urbano e seu sistema de
fortificações (entre os mais antigos da América) têm
a categoria de Patrimônio da Humanidade, outorgada
em 1982 pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Aqueles que transitem pelas suas ruas empedradas
poderão apreciar, aproximadamente, 140 edificações
dos séculos 16 e 17, outras 200 pertencentes ao
século 18 e mais de 460 do século 19, enquanto
escutam pregões e conhecem os costumes ancestrais e
tradições diversas contadas por esse cubano
hospitaleiro, alegre e criativo, capaz de
converter-se em guia improvisado.
Porem, Havana é muito mais do que seu centro
histórico. Tem o Cristo, a Catedral e o Capitólio,
mas também a Praça da Revolução com o Monumento e
Memorial a José Martí, a avenida beira-mar (Malecón)
e a Quinta Avenida — criada no século 20 e uma das
mais belas do país — que une o Vedado com a zona
residencial de Miramar, que nos últimos anos teve um
forte desenvolvimento no setor empresarial e
turístico.
Esta cidade cosmopolita ainda tem importantes museus
e teatros, hotéis emblemáticos, restaurantes,
centros culturais e recreativos, comércios e
instalações destinadas a eventos, bem como projetos
comunitários interativos que resgatam e promovem o
mais autêntico e genuíno do folclore e as
manifestações artísticas cubanas.
As belas praias do Leste, desde Bacuranao até
Guanabo, complementam a excelente opção em que
Havana se pode converter para o turista mais
exigente.
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