Porta-bandeira
da solidariedade
Nuria Barbosa León
TODO aquele que visita, aos domingos
à tarde, a Praça Bolívar, de Bogotá, Colômbia, pode
dar de cara com Orlando Jaramillo Hernández, lutador
incansável a favor da Revolução cubana e pela
liberdade dos lutadores antiterroristas cubanos,
presos nos Estados Unidos.
"Há vários anos pego na minha
bicicleta, saio de minha casa, na localidade de
Funza, pedalo umas duas horas, chego ao conhecido
Parque Nacional, monto meu barraco, com pôsteres e
cartazes em uma das frondosas árvores e depois
continuo pela sétima estrada até a Praça Bolívar
onde ficou mais de uma hora explicando a todo aquele
interessado acerca de Cuba e seus heróis", relatou
Jaramillo ao Granma Internacional.
"Minha aproximação à Revolução
cubana ocorreu quando sintonizei a emissora Radio
Habana Cuba, na qual escutei notícias diferentes das
publicadas na imprensa de meu país, a qual, em todo
momento, fustiga o governo de Fidel Castro. Também
enxerguei fotografias na revista Bohemia e
compreendi o apoio das classes humildes ao processo
nascente na Ilha caribenha. Por isso fui ter com
pessoal capacitado para que me explicasse, pois eu
apenas cheguei a terminar a segunda série".
Jaramillo não deseja reconhecer que
realiza um trabalho solidário porque "a
solidariedade é praticada pelo povo cubano todos os
dias" referindo-se aos estudos oferecidos aos jovens
de seu país nas universidades cubanas e com o
trabalho dos profissionais em mais de uma centena de
países. "Eu proponho que um dia do ano seja
designado como Dia da Solidariedade, então será
preciso falar de Cuba em primeiro lugar".
"Carrego na minha bicicleta todo o
necessário para montar cordas para pendurar
bandeiras, mostrar pôsteres e depois entregar
volantes, que falam da solidariedade com os três
cubanos ainda presos nos Estados Unidos", refere
Jaramillo, aludindo a Gerardo Hernández, Ramón
Labanino e Antonio Guerrero, que junto a Fernando
González e René González (os quais já cumpriram sua
sentença) foram presos por desarticular planos
terroristas dos bandos armados anticubanos.
"Meu objetivo é chamar a atenção e
tornar visível na capital colombiana o tema da
Revolução cubana para que se reconheça seu direito à
independência e o cessar do genocida bloqueio dos
Estados Unidos. Nestes meses de julho e agosto levei
propaganda para pôr fim ao brutal bombardeio de
Israel à Faixa de Gaza. Cada vez que saio na minha
bicicleta as pessoas me perguntam, me tomam
fotografias, interessam-se por saber más, pedem-me
contatos e até em algum do que outro órgão da
imprensa apareceu alguma notícia".
Concluiu seu diálogo com uma
mensagem para o mundo: "Eu gostaria que esta ação
fosse copiada por pessoas de diferentes recantos do
planeta".