O
abraço de uma Ilha
Raúl despediu-se dos colaboradores que partiram rumo
a Libéria e Guiné Conacri
Leticia Martínez Hernández

O presidente cubano Raúl Castro despede-se dos
colaboradores cubanos que partem a enfrentar o Ébola
na África.
A noite da terça-feira, 21 de
outubro, foi novamente comovedora. De novo a pista
do aeroporto internacional José Martí, em Havana,
foi testemunha das imagens mais empolgantes. Outra
vez o presidente cubano esteve presente na despedida
aos nossos heróis, esses que estarão chegando na
manhã da quarta-feira, 22, à África Ocidental para
estar, justamente, no epicentro da luta mundial
contra o Ébola.
Nesta ocasião os eleitos foram
83; 49 deles com destino à Libéria e 34 para a Guiné
Conacri, nações fustigadas por anos de pobreza,
caldo de cultura da terrível doença. A cada um deles
Raúl deu um abraço ao pé da escada do avião, esse
abraço que onze milhões de cubanos, uma Ilha toda,
também lhe deram antes de eles partirem.
Eles, com sua bandeira na mão,
prometeram entregar tudo, sarar até o cansaço,
cuidar-se permanentemente, retornar sãos, voltar à
Pátria narrando suas vitórias... E em meio do
ensurdecedor ruído da aeronave, enviaram também
saudações a Fidel; pediram confiança a Raúl;
disseram-lhe que não se preocupasse, que eles
estavam prontos para o que se avizinhava.
Então o avião IL-96 partiu com
uma tropa de luxo: 35 médicos e 48 enfermeiros,
todos com mais de 15 anos de experiência
profissional e que já cumpriram missões
internacionalistas anteriormente, 42% deles em duas
ou mais ocasiões. Dois deles, por sinal, com esta
viaje já completam seis missões solidárias cada um
porque este, seu lugar entranhável, jamais se cansou
de ajudar.
Na empolgante despedida marcaram
presença o segundo secretário do Comitê Central do
Partido Comunista e vice-presidente dos Conselhos de
Estado e de Ministros, José Ramón Machado Ventura; o
primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e
de Ministros, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o
chanceler Bruno Rodríguez Parrilla; e o titular da
Saúde Pública, Roberto Morales Ojeda.
Dessa forma, Cuba cumpre parte
do compromisso contraído. Com estas duas brigadas
somam 256 profissionais cubanos da saúde que já
partiram a salvar vidas. Com cada um deles viaja a
mensagem de um país imensamente orgulhoso de contar
com filhos como eles, que esta noite se despediram
de sua família, seus amigos, sua nação, para lutar
contra a temível doença que ameaça o mundo. Para
nossos heróis todos os parabéns desta Ilha amada.
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