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Havana. 21 Outubro, de 2014

“O surto do Ébola na África Ocidental é a emergência médica mais grave que se tenha visto na atualidade”
• Mensagem da diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, dr.ª Margaret Chan, à Cúpula Extraordinária ALBA-TCP

(Versões estenográficas do Conselho de Estado)

MEUS comprimentos desde a Organização Mundial da Saúde em Genebra:

Devo começar agradecendo ao governo cubano por ter respondido ao pedido para enfrentar o surto do vírus do Ébola, com médicos e enfermeiros tão experientes.

A dr.ª Margaret Chan em Genebra, durante a entrevista coletiva sobre a colaboração de Cuba na luta contra o Ébola, em 12 de setembro de 2014.
A dr.ª Margaret Chan em Genebra, durante a entrevista coletiva sobre
a colaboração de Cuba na luta contra o Ébola, em 12 de setembro de 2014.

 Tenho visto muitas notícias, fotografias desse grupo com suas impecáveis batas brancas, prontos para ajudar.

 Isto significa uma esperança, que é recebida com beneplácito, ante o que representa, por demais, um surto horrível.

 Agradeço esta oportunidade de dirigir-me aos membros da Aliança Bolivariana.

 Agradeço o propósito desta reunião, sem dúvida, estão fazendo o correto, querem aumentar, com a maior urgência possível, seu nível de preparação ante um caso importado de Ébola.

 A Organização Mundial da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde, está aqui para apóia-los em todos os aspectos  possíveis. No mês passado, o vírus do Ébola apareceu na região de vocês.

 Tal e como nos têm ensinado as experiências em Lagos, Nigéria, em julho, e agora nos Estados Unidos, no mês passado, qualquer país com um aeroporto internacional está teoricamente em risco de receber um caso importado do Ébola.

 Nós todos devemos prestar atenção a este vírus, que é um dos patogênicos mais mortais do planeta. Este é um vírus implacável que não perdoa nem o mais mínimo erro; sabe como aproveitar-se de qualquer oportunidade para intensificar-se outra vez ou propagar-se a novas áreas.

 O surto do Ébola na África Ocidental é a emergência médica mais grave que se tenha visto na atualidade. Mais de 400 trabalhadores da saúde têm sido infectados e mais da metade deles morreu. Isto jamais se tinha visto em nenhum surto anterior do Ébola.

 Como outras partes do mundo, os países desta região estão em alerta máxima ante qualquer possível contágio do vírus do Ébola através dum passageiro.

 Dificilmente passa um dia sem rumores dum caso importado num aeroporto ou numa sala de emergência, em algum lugar do mundo.

 Os governos têm razão ao terem prontos os trajes e equipamentos protetores e as salas de isolamento. Isto garante aos seus cidadãos e aos meios que o país está prontificado para evitar a transmissão se chegasse um caso importado. Isto é compreensível. O vírus é mortal. A doença é terrível. As pessoas têm medo.

 Ao mesmo tempo, sabemos que um país bem preparado pode vencer o surto do Ébola.

Sexta-feira (24), a Organização Mundial da Saúde declarará Senegal livre do surto. Segunda-feira (27) nós faremos o mesmo com o surto na Nigéria. Uma façanha que a muitos especialistas da saúde ainda lhes resulta difícil de crer. Mas lhes posso afirmar que a Organização Mundial da Saúde confia plenamente neste sucesso extraordinário.

 Os países da Aliança Bolivariana podem e devem fazer o mesmo. O compromisso político ao máximo nível e a unidade do país podem ser determinantes.

 Capacitem seu pessoal, façam simulacros para avaliar o desempenho, redijam protocolos o antes possível, estabeleçam sistemas, obtenham o apoio do público e dos meios.

 Comprometam sua comunidade a enfrentar o medo com fatos e a compreender as regras básicas da infecção, prevenção e controle, especialmente no âmbito do atendimento medico.

 Protejam-se contra os erros. Como demonstram os recentes incidentes de transmissão do vírus na Espanha e nos Estados Unidos, o uso de equipamentos de proteção pessoal ou EPPs não é infalível. Devem ser utilizados junto a um excelente controle administrativo, do meio ambiente e de engenharia. Repito: os EPPs sozinhos não são infalíveis.

 Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde emitiu novas recomendações acerca dos EPPs, as quais podem ajudar os governos a preparar-se de maneira eficiente e efetiva.

 Como eu disse, a Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde estão aqui para apoiá-los.

 Sinceramente desejo-lhes uma reunião muito produtiva. Obrigada.

 

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