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Havana. 19 Fevereiro, de 2014

Charutos Havana: tradição tornada exclusividade e excelência

Livia Rodríguez Delis

A história conta que, em 1492, quando o descobridor da América, Cristóvão Colombo e sua tripulação, desembarcaram nesta bela Ilha do Caribe, foram seduzidos pelo cheiro que exalavam umas folhas misteriosas ao serem enroladas e acesas com fogo pelos nativos, que as chamavam de Cohíba.

A partir desse momento, o charuto começou um longo périplo pelo mundo, onde é atualmente cultuado e comercializado. Mas seu resultado final mostra diferenças perceptíveis com o que se produz em várias regiões de Cuba, há mais de cinco séculos.

O charuto negro cubano é único por sua textura, sabor e cheiro, devido à integração de quatro elementos próprios da nação caribenha: o solo, o clima, a variedade e as tradições culturais utilizadas pelos agricultores de várzeas e enroladores cubanos.

Com o interesse de curtir o charuto cubano, exclusivos degustadores compartilharão no 16o Festival do Havana, que se desenvolverá de 24 a 28 do presente mês em Havana.

Dedicado às marcas Hoyo de Monterrey, Partagás, Trinidad e H. Upmann, o evento aspira a reunir fãs de mais de 60 países e terá como fim a promoção dessas principais marcas e das denominações de origem Vuelta Abajo e Cuba.

Neste Festival receberão especial atenção os produtos que se apresentarão durante o ano 2014 no mercado mundial e os especiais destinados à rede de franquias da Casa do Havana e entre as atrações únicas que terá este Festival estão a competição da cinza mais longa e o concurso Havana em imagens.

Como é habitual, as visitas aos fumais e às fábricas de charuto serão realizadas, além do leilão de umidificadores, o concurso Habanosommelier, a apresentação dos prêmios Havana 2013 e a feira comercial para promover o encontro com fornecedores de insumos para a indústria charuteira e os vínculos com outras marcas e produtos de luxo em nível mundial.

Neste ano se comemora o 170o aniversário da criação duma das marcas mais prestigiosas, H. Upmann, que está representada na maioria dos países onde existe a presença da Habanos.

A diretora de marketing operacional da Habanos S. A, Ana López, explicou que a história das marcas cubanas data do século 19. Em particular H. Upmann foi fundada em 1844 e passou por um longo caminho de desenvolvimento que teve como resultado sua presença em mais de 150 nações e representa ao redor de 4% das rendas que percebe a Habanos pelo conceito de exportação. Por isso, é uma das homenageadas no Festival.

Levando em conta que em nível mundial cada dia é mais frequente o consumo de charuto em espaços abertos e no verão, Habanos criou uma estratégia dirigida a introduzir-se nessa tendência.

“Por isso, neste ano no evento de elite vão acontecer dois momentos importantes: as alianças com as cervejas da Bélgica e Cuba, fundamentalmente, e com coquetéis à base de vodca. Ambos são elementos relacionados com o verão e não habituais da sobremesa”.

“A alta cozinha também estará representada neste Festival na noite dedicada à marca Trinidad (que em 2014 faz 45 anos) com o chef holandês convidado Ron Blaauw, que tem duas estrelas Michelín, um reconhecimento muito importante do ponto de vista gastronômico, e acedeu a projetar o cardápio”, informou Ana López.

“Entre os fumantes há uma tendência de moda que consiste em envelhecer com mais de cinco anos como mínimo o produto, com o fim de apreciar outras características organolépticas do produto e durante o Festival vamos dedicar um momento especial à degustação, pela primeira vez, dum havana envelhecido, na conferência magistral Habanos Vintage, do especialista britânico Simon Chase”.

Precedida pela conferência “Elementos que influenciam na combustibilidade do Havana”, por Vladimir Andino, presidente primeiro da Tabacuba, será introduzida a competição da cinza mais longa.

Acerca disso a especialista esclareceu que esta novidade demonstrará a qualidade do charuto cubano, pois para que um produto possa manter uma cinza longa é preciso uma boa matéria-prima, uma boa concepção e que seja aceso corretamente pelo consumidor. “Aí estão presentes todas as etapas, desde a semente até o momento de fumar”.

Quanto à colheita atual, Ana López indicou que os agricultores de várzeas, principalmente de Pinar del Río — lugar onde se gera o maior volume de matéria-prima — travaram uma luta constante contra as inclemências do tempo, derivadas da mudança climática.

“Desafortunadamente, nos últimos meses as chuvas foram mais fortes e frequentes que o habitual e isto provocou alguns danos à colheita, foi necessário replantar mais de uma vez, pelo qual os agricultores fizeram um esforço considerável para tentar reduzir no máximo os possíveis prejuízos no resultado final da produção de charutos”.

Contudo — disse — a indústria cubana está pronta para enfrentar estes riscos. Há anos, trabalha-se na criação de estoques de matéria-prima suficiente para poder enfrentar qualquer adversidade.

 

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