Presos Políticos do Império| MIAMI 5      

     

Só TEXTO|Assinatura jornal impreso| 

 C U B A

Havana. 16 Abril, de 2014

Cuba conta com seus intelectuais
e artistas

• Na jornada de encerramento do 8º Congresso da União dos Escritores e Artistas de Cuba (Uneac) marcou presença o presidente Raúl Castro.

O presidente Raúl Castro parabenizou os membros da nova diretoria eleita da União dos Escritores e Artistas de Cuba (Uneac), onde foi ratificado como presidente Miguel Barnet, e especialmente todos os deltgados do 8º Congresso dessa orgasnização, que se desenvolveu durante os dias 11 e 12 de abril, no Palácio das Convenções de Havana.

 O debate dos 310 delegados, que representavam os mais de nove mil membros da Uneac, ratificou que a cultura deve acompanhar o processo de mudanças que se está produzindo na vida econômica e social de Cuba.

 O chefe de Estado cubano esteve presente na jornada de encerramento da reunião, onde comentou que esteve acompanhando todas as opiniões expressas pelos delegados. “Sou um inimigo absoluto da unanimidade, as discrepâncias se dizem nas reuniões, ao preço que seja necessário. Os problemas que foram expostos aqui é preciso discuti-los e achar soluções, não podem chegar ao próximo Congresso”, expressou.

 Das mãos de Miguel Barnet e do escultor José Villa, Raúl recebeu duas esculturas de Juan Quintanilla — uma dedicada ao líder histórico da Revolução, Fidel Castro e outra para ele — como reconhecimento dos membros da Uneac.

 O discurso de encerramento do Congresso foi proferido pelo primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. No salão estavam presentes, ainda, o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla; o ministro da Cultura, Julián González Toledo; o assessor do presidente, Abel POrieto; o chefe de Departamento do Comitê Central do Partido, Roberto Montesinos; outros líderes do Partido, intelectuais e familiares dos Cinco Heróis.

 Aludindo à implementação das Diretrizes da política econômica e social, aprovada no 6º Congresso do Partido, Díaz-Canel comentou que “vivemos num momento transcendental da história da Pátria. A atualização do modelo se vem fazendo e ao mesmo tempo se garante o funcionamento da economia e da vida cotidiana dos 11 milhões de cubanos, em meio da crise internacional e do bloqueio acirrado. Entramos justamente agora no mais difícil: as transformações na empresa estatal socialista e na unificação monetária e cambiária”.

  No seu discurso, o vice-presidente referiu-se “às novas modalidades de subversão que tentam pôr em prática nossos inimigos, e cuja estratégia principal consiste na instauração de uma plataforma de pensamento neoliberal e de restauração do capitalismo neocolonial, encaminhada contra as próprias essências da Revolução e com o afã de gerar uma ruptura ideológica entre gerações, pois tudo isso atenta contra os valores, a identidade e a cultura nacionais”.

 “A recente revelação — disse — de um plano do governo dos Estados Unidos para promover a subversão em Cuba é uma expressão fervente destas sinistras intenções”.

 “Ao enumerar as forças com as quais contamos para fazer face a esses desafios, nosso presidente mencionou, em primeiro lugar, os intelectuais e artistas, cujo compromisso patriótico, como parte da grande massa do povo, está fora de toda dúvida”.

 “Com esse espírito se projetou, a partir da base, o debate deste Congresso da Uneac, o qual ratificou que a cultura deve acompanhar o esforço que se está fazendo hoje para despregar as forças produtivas e também as reservas morais do país e conseguirmos assim um socialismo próspero e sustentável, onde o que distinga o ser humano não sejam as possessões materiais mas sim a riqueza de conhecimentos, cultura e sensibilidade”, acrescentou.

 A exigência de sermos cada dia mais eficazes na defesa da identidade nacional e promover os autênticos valores da cultura cubana para que cheguem às jovens gerações, foram também aspectos avaliados por Díaz-Canel.   

 “Hoje, não podemos desconhecer que o principal instrumento de dominação com que conta o imperialismo é cultural e informativo”, disse.

 Cuba está submetida a essa influência, que tem entre seus alvos os intelectuais e artistas, com o propósito de afastá-los de toda intenção e preocupação social. Assim pretendem plantar em vocês a banalidade e a frivolidade, afastá-los do compromisso político e social e criar o caos e a confusão. “Por isso é tão importante para a Pátria contar com uma vanguarda artística como a representada na Uneac, que possa fazer contribuições decisivas na batalha cultural, frente ao projeto colonizador global e frente às tentativas de subversão do Norte revolvido e brutal”.

 O desafio principal, aprofundou, assenta na batalha contra as mensagens pseudoculturais. E “devemos preparar-nos cada vez melhor para o confronto de ideias e defender nosso socialismo e seu aperfeiçoamento como a única alternativa para salvar a cultura, uma das conquistas principais da Revolução”.

 “Trata-se é de procurar o desenvolvimento e o crescimento econômico, mas com a alma plena de sentimentos e espiritualidade, e isso se consegue salvando a cultura, que é, ao mesmo tempo, salvar a Pátria, a Revolução e o Socialismo”.

 “A vanguarda artística deve defender nossas verdades, ainda que as novas tecnologias permitam às pessoas decidirem o que querem consumir em termos da cultura, é preciso diferencias os espaços públicos dos privados”.

 “A política cultural é uma das conquistas principais da Revolução Cubana, e sua implementação é reservada ao Estado e a sua rede de instituições, contando com a participação dos nossos intelectuais revolucionários”.

 Estimou que se deve influir no gosto da população, “não com proibições mas sim com o desenho de políticas coerentes”.

 Dias-Canel, ainda, considerou que a unidade como a concertação possível de diferentes pontos de vista é a estratégia fundamental da Revolução Cubana. “Defendam essa unidade imprescindível para garantir a continuidade da Revolução. Podem estar certos de que contarão com o apoio do Partido e do governo da nação.

 “Pelos resultados deste Congresso podemos afirmar que a vanguarda genuína dos nossos escritores e artistas existe, vive, consciente e comprometida com a sua Revolução”, concluiu.

 Ao apresentar o relatório do Congresso, Miguel Barnet fez uma valorização do desempenho da organização desde o ano 2008, quando foi efetuado o 7º Congresso, o que serviu de motivação para o profundo intercâmbio que se desenvolveu durante o encontro.

Barnet referiu-se à maneira radical em que as novas tecnologias têm transformado a criação, distribuição, consumo de mensagens e expressões, a maioria delas de signo colonial, alheias totalmente a nossa idiossincracia”.

 Significou que nestas circunstâncias, os intelectuais cubanos são obrigados a dar seu esforço no melhoramento da vida espiritual e material. “Somos uma organização que deve promover a cultura e com isso contribuir a reparar o tecido espiritual da nação”.

 Lembrou que o papel da cultura é essencial num momento em que, como indicou o presidente Raúl Castro perante o Parlamento, em julho do ano passado, se vem acrescentando a deterioração dos valores morais e cívicos, algo que se pode reverter mediante a ação combinada de todos os fatores sociais.

 Por seu lado, o historiador Eusébio Leal lembrou o papel que desempenharam os intelectuais cubanos no processo de formação de uma nação, desde tempos imemoriais. Lembrou o líder cubano Fidel Castro, “sem o qual não teria sido possível esta reunião, nem teríamos entendido a necessidade de cuidar do pensamento”.

 Antes do encerramento, a jornalista Magda Resik apresentou a nova presidência nacional, que ficou conformada, ainda, pelo realizador audiovisual Luis Morlote, como primeiro vice-presidente; aristides Hernández, Digna Guerra e Pedro de la Hoz (vice-presidentes9; Omar Felipe Mauri e Nieves Laferté como secretários. Na ocasião, também foram dados a conhecer os presidentes eleitos dos comitês provinciais e os presidentes das associações nacionais.

Mensagem de Tony Guerrero em nome dos Cinco

• “Em vocês recai uma imensa responsabilidade na defesa da plena independência, atingida em 1º de janeiro e do socialismo”. Assim percebe o lutador antiterrorista cubano Antonio Guerrero os escritores e artistas cubanos.

 O excerto faz parte de uma mensagem que Tony Guwerrero, um dos Heróis encarcerados injustamente nos Estados Unidfos, desde 1998, enviou à vanguarda dos criadores cubanos, reunidos no Congresso da Uneac, os quais — precisa — “jamais atraiçoarão nossa história cheia de páginas de heroísmo e de dignidade”.

 Da penitenciária estadunidense de Marianna, Antonio escreveu: “Estamos convictos de que os escritores e artistas da Pátria saberão estar à altura do momento histórico que vive nosso povo revolucionário”.

 E o fez, também, em nome dos seus irmãos Gerardo Hernández e Ramón Labañino, tal como ele ainda presos; e de Fernando González e René González, os quais já se encontram na Ilha.

 A mensagem foi lida no plenário do Congresso. (Redação Granma Internacional).

 

IMPRIMIR ESTE MATERIAL


Diretor Geral: Pelayo Terry Cuervo. Diretor Editorial: Gustavo Becerra Estorino
HOSPEDAGEM: Teledatos-Cubaweb. Havana
Granma Internacional Digital: http://www.granma.cu/

  Inglês | Francês | Espanhol | Alemão | Italiano | Só TEXTO
Só TEXTO / Assinatura jornal impreso

© Copyright. 1996-2014. Todos os direitos reservados. GRANMA INTERNACIONAL/ EDICAO DIGITAL

Subir