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Solidariedade mundial marcando presença no 1º de
Maio
Nuria Barbosa León
JUNTO do povo cubano, delegações
do mundo todo participarão das celebrações centrais
pelo Dia Internacional do Trabalho, folguedo
nacional de matiz político, produtivo e cultural.
Como
é tradicional, milhões de pessoas se reunirão nas
diferentes praças, em comunidades, povoados e na
Ilha toda, para dar o apoio à Revolução; condenar o
criminoso bloqueio econômico dos Estados Unidos
contra o país, além de exigir a liberdade dos
lutadores antiterroristas cubanos Gerardo Hernández,
Ramón Labañino e Antonio Guerrero, ainda presos nos
cárceres estadunidenses, pois Fernando González e
René González já cumpriram totalmente sua arbitrária
sentença.
Sob o lema: “Unidade e
eficiência pelo nosso socialismo”, a jornada teve
seu começo em 7 de abril e concluirá em 5 de maio,
para reconhecer os trabalhadores destacados e fazer
homenagens a líderes sindicais, além de efetuar
eventos culturais e esportivos.
O desfile na Praça da Revolução,
em Havana, constitui o ato de maior colorido, por
sua presença em massa, iniciativas e energia humana.
Este ano tem a particularidade de mostrar ao mundo
que os cubanos farão tremer a terra, cumprindo a
exortação do presidente Raúl Castro, no 20º
Congresso da Central dos Trabalhadores de Cuba
(CTC), efetuado de 20 a 22 de fevereiro passado.
Diferentemente dos anteriores,
os 17 sindicatos nacionais, com mais de 3,5 milhões
de afiliados, marcharão no desfile reunidos com seus
membros, e não por territórios, como antes. Os
últimos a desfilarem serão os jovens trabalhadores,
estudantes e combatentes, evidência da unidade entre
as diferentes gerações que participam do processo
revolucionário cubano.
Nos dias prévios ao 1º de Maio
será ministrado um curso para líderes sindicais da
América Latina e o Caribe, convocado pelo Gabinete
Regional da Federação Sindical Mundial e uma Oficina
Internacional sobre a história do movimento operário
em Cuba e no resto do mundo, patrocinado pelo
Instituto de História de Cuba.
O chefe do Departamento das
Relações Internacionais da CTC, Ernesto Freire
Casañas, informou, ainda, que no dia 2 terá lugar o
Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba, do
qual participará a maioria dos líderes sindicais e
de movimentos sociais presentes em Cuba nesse
momento.
“Nos dias 3 e 4 terá lugar o 6º
Encontro Sindical Nossa América (ESNA), fazendo
parte das ações que promovem a integração dos países
da região, evento no qual serão debatidos temas como
a precariedade do trabalho de mulheres e jovens, e
servirá para coordenar estratégias comuns na luta
pela unidade e o bem-estar do continente”, disse.
Aliás, indicou que nos dias 29 e
30 de abril já estarão em Cuba a maior parte das
representações sindicais, as quais farão visitas a
locais de trabalho, com o fim de intercambiar ideias
com os coletivos de trabalhadores.
Prevê-se encontros entre a
diretoria dos sindicatos nacionais com organizações
semelhantes de diversos países e terá lugar uma
reunião de vice-presidentes da Federação Sindical
Mundial e outros líderes sindicais da América Latina
e o Caribe, aproveitado a presença de vários deles
em Havana.
O especialista da Direção da
Ásia e Oceania, do Instituto Cubano de Amizade com
os Povos (Icap), Rigoberto Zarza Ross, informou ao
Granma Internacional que se está conformando
uma brigada de solidariedade que participará em
todas essas atividades e já se confirmou a
assistência de mais de 240 membros de 22 países,
representando todos os continentes.
“O maior incentivo da brigada é
participar junto de nosso povo na passeata de
Primeiro de Maio e, ao mesmo tempo, oferecer sua
solidariedade, receber informação variada e de
diferentes aspectos da realidade nacional, inserida
no contexto atual em que vive a humanidade”,
expressou Ross, que assumirá a direção da referida
brigada.
Aproxima-se a data de 1º de maio
em Cuba em meio de importantes mudanças que se vêm
produzindo na economia, o aumento salarial nos
setores da saúde e do esporte e o aumento do número
de trabalhadores autônomos ou independentes, dos
quais mais de 200 mil deles estão filiados aos
diferentes sindicatos nacionais.
Muitos amigos do mundo e milhões
de cubanos festejarão como própria este efeméride na
Ilha maior das Antilhas, para expressar que a
unidade dos trabalhadores é a única garantia para a
construção de um mundo melhor.
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