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Havana. 15 Outubro, de 2014

O bloqueio não é contra uma marca,
é contra um país

Lívia Rodríguez Delis

AS incidências negativas do bloqueio a Cuba afetam todos os setores do país caribenho, mas relativamente ao alimentar as afetações repercutem diretamente no nível de satisfação da população, porque seu objetivo é claro: render por fome e necessidade o povo cubano.

Esta política genocida do governo estadunidense, mantida apesar do repúdio internacional, arremete contra esse setor, provocando a alta dos preços dos produtos importados, os elevados custos das importações e as limitações para exportar produtos cubanos.

Segundo funcionários do Ministério da Indústria Alimentar (Minal), de março de 2013 a março de 2014, as afetações atingiram os US$102,2 milhões, devido a receitas deixadas de receber por exportações de bens e serviços, a perdas por recolocação geográfica do comércio e afetações à produção e aos serviços.

A vice-ministra do Minal, Betsy Díaz Velázquez, explicou em entrevista coletiva que nesse período houve um incremento das multas a bancos que operam com empresas cubanas, o que provocou, entre outras medidas, incorrer em gastos associados à abertura de cartas de crédito confirmadas para pagamentos a fornecedores no exterior, com o fim de conseguir a entrada de mercadorias e serviços. Por exemplo, a empresa mista Los Portales S.A. teve dificuldades na compra dum tanque de aço inoxidável de água de 50 metros cúbicos, avaliado em US$68,900. "Os bancos com os quais opera a firma que nos representava, não aceitaram financiar a compra, devido às medidas do bloqueio".

Devido à necessidade de recolocar o comércio em mercados mais distantes, esta entidade pagou somas milionárias que se teriam economizado, caso os produtos cubanos tivessem acesso ao mercado estadunidense.

"Los Portales S.A. importou da Europa US$ 4,69 milhões e foram trazidos 57 contêineres, com um valor estimado de transportação de US$196.200. Esta transportação teria custado só US$ 94 mil 100, caso os tivéssemos trazido dos EUA", destacou a funcionária.

"A empresa mista Bucanero poderia adquirir o lúpulo (matéria prima) no mercado norte-americano, por ser este um dos maiores produtores no mundo. Atualmente é comprado na Europa".

Em 2013, a Alimpex, importadora e exportadora de alimentos, comprou mercadorias cujos gastos por conceito de frete atingiram os US$ 2,270 milhões, por recolocação do comércio. Os 38% do frete marítimo pagos correspondem a Europa como zona geográfica, onde houve um incremento dos fretes pela alta do combustível, bem como os sobretaxas devido a serem cargas perigosas.

O diretor da empresa comercial Caribex, Antonio Guerra, especialista em produtos marinhos, assinalou que sua companhia tem limitada a exportação de produtos pesqueiros para os Estados Unidos, um dos mais importantes mercados do mundo e dos principais de referência de preços para estes produtos, marcando pautas e tendências em nível internacional, sendo determinante para fixar cotações para diversas espécies.

"O mercado estadunidense tem capacidade para assimilar quase a totalidade das exportações, especialmente de lagosta e camarão, os quais são livres de tarifas nos Estados Unidos, enquanto na Europa, Japão e Canadá, estão gravados no valor de 4.3 e 5% respectivamente, o que representou para a indústria cubana alimentar uma afetação anual de US$ 464,700 nessa moeda".

O presidente da corporação Cubaron e da empresa mista Havana Club Internacional, Juan González Escalona, expôs que o bloqueio impede a comercialização dessa bebida nos Estados Unidos.

Em nível internacional, em 2013, as marcas Premium atingiram um volume estimado de 45 milhões de caixas, delas 18 milhões são consumidas na nação nortenha, representando aproximadamente 40% do total.

Havana Club é o número um dos runs Premium em vários países, como Alemanha, Itália, Chile, França, Reino Unido, Canadá, Grécia, Suíça, Peru, Bolívia, Dinamarca, Holanda e República Tcheca, além de ser líder absoluto, na categoria rum, no mercado cubano.

"Somente a empresa mista Havana Club Internacional deixou de receber mais de US$ 100 milhões, por causa da proibição de vender nosso rum nesse mercado, sem quantificar outras marcas demandadas no mercado internacional. O bloqueio não é contra uma marca, é contra um país", insistiu.
 

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