"A unidade na coordenação de
iniciativas para exigir a liberdade dos lutadores
antiterroristas cubanos, presos nos Estados Unidos
incrementará a pressão à administração da Casa
Branca para resolver o caso", afirmaram os ativistas
estadunidenses Alicia Jrapko e Bill Hackwell.
Jrapko e Hackwell, também
coordenadores do Comitê Internacional pela Liberdade
dos Cinco divulgaram à imprensa estarem imersos na
preparação da 4ª Jornada Internacional Cinco dias
pelos Cinco em Washington, cuja data possível seria
em 12 de setembro de 2015, por ocasião dos 17 anos
de injusta prisão.
Expressaram o desejo de que não seja
necessária outra jornada, porque isso significará
que Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio
Guerrero, já gozam da ansiada liberdade junto a seu
povo e a família. (René González e Fernando González
já cumpriram, na ٌíntegra, suas condenações).
"A injustiça contra estes patriotas
e seus familiares ainda não foi saldada, jamais foi
provada sua participação em crime ou ação homicida,
tampouco levavam armas, seu único delito consistiu
em evitar atos terroristas", afirmou Alicia,
militante consagrada, de origem argentina.
A também defensora dos direitos
humanos lembrou que do início soube que esta seria
uma batalha política e hoje sentem maior otimismo
porque nos círculos de poder dos Estados Unidos se
dialoga sobre mudanças a favor de melhorar as
relações com Cuba.
"Pensamos que se continuamos
pressionando de todos os lados, de todos os setores
da sociedade norte-americana, dos sindicatos, os
religiosos, intelectuais, acadêmicos e outros, vai
chegar o momento de ter que tomar uma decisão. Não
sabemos quem a vai tomar, nem quando, por isso vamos
continuar pressionando".
Nas jornadas anteriores, foram
visitados os gabinetes de senadores e congressistas
e dialogaram com seus trabalhadores para
informar-lhes da injustiça cometida contra estes
homens, presos por evitar a morte de seres humanos
inocentes, em uma franca batalha contra as práticas
do terrorismo, organizado e financiado no sul da
Flórida.
"Esperamos que Barack Obama faça o
que deva fazer para libertar estes três lutadores
antiterroristas e para mudar a política contra Cuba.
Se ele não faz, nós continuaremos insistindo porque
esta tem sido uma luta longa, mas estamos vendo
pequenas luzes", sentenciou.
Para o desenvolvimento da 4ª Jornada
está previsto "continuar as atividades, continuar
visitando o Capitólio, realizar todo o tipo de
iniciativa para atrair pessoas" afirmou Alicia,
enquanto seu esposo expressou: "Cada uma das
jornadas celebradas é superior, as jornadas atraem
muitas pessoas e atingem mais organizações. Para nós
é uma fortaleza e um desafio porque a jornada de
setembro próximo deve superar a anterior. Para isso
devemos trabalhar muito e esforçar-nos mais".
Contudo, expressaram sentir-se
insatisfeitos porque ainda resta muito a fazer,
principalmente na divulgação do caso: "Nós sentimos
que o povo estadunidense é um povo com muito amor ,
mas geralmente é mantido na escuridão quanto à
informação. A imprensa raramente aborda o tema dos
Cinco , constantemente mente sobre a realidade de
Cuba e para nós é importante que as pessoas conheçam
a verdade", comentou Bill, nascido em New Hampshire,
combatente e veterano da guerra do Vietnã.
De amigos excepcionais os qualificou
a presidenta do Instituo Cubano de Amizade com os
Povos (Icap), Kenia Serrano , ao ler os argumentos
do concessão da Medalha da Amizade, conferida pelo
Conselho de Estado da República de Cuba, onde se
acrescenta: "por sua árdua, incansável e tenaz
contribuição na luta pela liberdade dos Cinco".