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Havana. 15 Julho, de 2014

Putin anuncia incremento da colaboração com Cuba
• Rússia ratifica seu apoio na luta contra o ilegal e ilegítimo bloqueio estadunidense

O incremento da cooperação russa com Cuba através de megaprojetos foi anunciada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir V. Putin, na presença do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, general-de-exército Raúl Castro Ruz, após terem sido assinados, entre ambos os países, dez instrumentos jurídicos de relevo.

O presidente russo Vladimir Putin colocou uma oferenda floral a José Martí. Na cerimônia estava presente o chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla e a equipe ministerial que acompanha Putin na viagem, entre eles o chanceler russo Serguei Lavrov.
O presidente russo Vladimir Putin colocou uma oferenda floral a José Martí.
Na cerimônia estava presente o chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla
e a equipe ministerial que acompanha Putin na viagem, entre eles o chanceler
russo Serguei Lavrov.

 Putin ressaltou que seu país continuará prestando ajuda à Ilha para contestar o ilegal e ilegítimo bloqueio econômico, comercial e financeiro, imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de 50 anos. E agradeceu a todos os amigos cubanos pela atmosfera cordial, a cálida recepção, a hospitalidade e a excelente atmosfera na qual puderam trabalhar em parceria, segundo noticiou a Prensa Latina.

 “Temos grandes projetos para alargar a cooperação com Cuba, em esferas decisivas como a energia, a saúde e outras”, disse o presidente russo, na sexta-feira, 11 de julho, no Palácio da Revolução, em Havana.

 Referiu-se à decisão do seu governo de perdoar 90% da dívida que Havana mantinha com Moscou, desde os idos da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, da ordem dos US$ 35 bilhões, precisou a AIN.

 “Os restantes dez por cento será materializado com empreendimentos russos no solo cubano”, acrescentou Putin, lembrando a seguir que os nexos de cooperação entre seu país e Cuba foram programados até o ano 2020.

 Essa cooperação foi adotada na 10ª reunião da Comissão Intergovernamental para a Colaboração Econômica, Comercial e Científico-Técnica, efetuada em novembro de 2012.

 Ao falar com a imprensa, após a assinatura dos acordos, Raúl lembrou que a dívida com a Rússia se acumulou devido “à ajuda decisiva da URSS”. E acrescentou: “Foi uma ajuda generosa, sem a qual podemos garantir que a Revolução não teria podido subsistir”.

 “Após tantos anos, o fato de que o governo atual da Rússia perdoe 90% dessa dívida e que 10% restante, por volta de US$ 3,5 bilhões, seja investido em Cuba” — afirmou — é novamente uma manifestação  da generosidade palpável do povo russo para Cuba”, destacou a PL.

  Agradeceu essa decisão “do povo e governo russos acerca do perdão da maior parte da dívida cubana”, e expressou sua confiança de que as relações entre ambos os Estados venham a incrementar-se e se fortaleçam daqui em diante.

 Através do seu presidente “queremos expressar nossa gratidão ao povo e ao governo da Rússia por todos estes acordos e decisões que nos acaba de informar o presidente Vladimir Putin”, reafirmou.

O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros cubano condecorou o presidente da Federação Russa com a Ordem Nacional José Martí, máxima condecoração da República de Cuba.
O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros cubano condecorou
o presidente da Federação Russa com a Ordem Nacional José Martí, máxima condecoração da República de Cuba.

  Raúl também indicou que os acontecimentos que se produziram na União Soviética, na década de 90 do século passado, evidentemente desequilibraam o poder mundial, as forças que mantinham esse equilíbrio. E destacou que a partir do ano 2000 “a Rússia começou a recuperar força na arena internacional e estamos percebendo seus efeitos atualmente, em primeiro lugar em escala mundial, e em segundo lugar nos resultados deste relacionamento de novo tipo que mantemos com o governo e o povo russo”, indicou.

 “Sentimo-nos muito satisfeitos de que na arena internacional coincidamos com a atual política de firmeza e política inteligente que está implementando a Rússia, segundo nossa apreciação”, precisou o presidente cubano.

 “Aspiramos a continuar coincidindo com o grande povo russo e seu governo”, sustentou Raúl Castro, ao referir-se a esta nova etapa nas relações internacionais.

 A cerimônia de assinatura dos instrumentos jurídicos, na sexta-feira, 11 de julho, entre altos funcionários dos dois países, teve lugar após concluírem as conversações oficiais entre Putin e Raúl.

 O chefe de Estado russo, que chegou a Havana nas primeiras horas desse dia, iniciou a jornada colocando uma oferenda floral no monumento dedicado aos soldados internacionalistas soviéticos e nessa cerimônia solene foi acompanhado pelo presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, Raúl Castro.

 Com um aceno, em sinal de respeito, o distinto hóspede rendeu tributo à memória de 68 soldados e oficiais que morreram no território de Cuba, entre os anos 1962 e 1964, e cujos restos descansam no Memorial construído no ano 1978, onde se presta homenagem e é símbolo de uma irmandade sólida.

 Um desfile da unidade de cerimônias das Forças Armadas Revolucionárias e as notas do hino da República Federativa da Rússia antecederam a colocação da oferenda floral, onde também marcaram presença o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla; e o chefe do Estado Major Geral das Forças Armadas e Herói da República de Cuba, general-de-corpo-de-exército Álvaro López Miera.

 Na tarde, o chanceler cubano também acompanharia o presidente Russo Vladimir Putin à homenagem que o chefe de Estado desse país prestou ao Herói Nacional José Martí, ao colocar uma coroa de flores no monumento e no Memorial que levam o nome do Apóstolo da independência cubana, no histórica Praça da Revolução, em Havana.

 A capital cubana é a primeira escala de uma turnê latino-americana do presidente russo, o qual viajou no sábado 12 de julho à Argentina e depois ao Brasil, onde participou da entrega oficial à Rússia, por parte da FIFA, da sede oficial do Mundial de Futebol 2018. Um dia depois, o presidente russo estaria presente na Cúpula do grupo de países emergentes Brics, da qual a Rússia faz parte, junto do Brasil, China, Índia e a África do Sul.

 

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