|
Presidente Raúl Castro participou do
encerramento do Congresso dos escritores e artistas
O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros
e primeiro-secretário do Comitê Central do Partido
Comunista de Cuba, Raúl Castro Ruz, cumprimentou o
executivo eleito da União de Escritores e Artistas
de Cuba (Uneac), onde foi ratificado como presidente
Miguel Barnet, e especialmente todos os delegados do
8º Congresso da organização, que concluiu sábado, 12
de abril, no Palácio das Convenções de Havana.
“Tenho estado a par de todas as opiniões, com
algumas discrepo mas as respeito. Sou inimigo
absoluto da unanimidade, as discrepâncias se
expressam nas reuniões ao preço que seja necessário,
Os problemas expressos aqui há que discutí-los e
dar-lhe soluções, não podem chegar ao próximo
Congresso e expressar o mesmo”, expressou o chefe de
Estado durante a última sessão plenária.
Miguel Barnet e o escultor José Villa, entregaram a
Raúl duas obras de Juan Quintanilla — uma destinada
ao líder histórico da Revolução, Fidel Castro, e
outra para ele — como reconhecimento dos membros da
Uneac.
Entretanto, as palavras de encerramento do evento —
onde também marcaram presença o ministro das
Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla; o
ministro da Cultura, Julián González Toledo; o
assessor do presidente, Abel Prieto; o chefe do
Departamento do Comitê Central do Partido, Roberto
Montesinos; dirigentes do Partido, intelectuais e
familiares dos Cinco Heróis — foram proferidas pelo
primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e
de Ministro, Miguel Díaz-Canel.
A respeito da implementação das Diretrizes da
política económica-social aprovada no 6º Congresso
do Partido, Díaz-Canel comentou que “vivemos num
momento transcendental da história pátria. A
atualização do modelo se leva a cabo ao mesmo tempo
que se garante o funcionamento da economia e a vida
cotidiana dos 11 milhões de cubanos, em torno da
crise internacional e do recrudescimento do
bloqueio. Justamente agora entramos na etapa mais
difícil: as transformações na empresa estatal
socialista e a unificação monetária”.
Em seu discurso, o primeiro vice-presidente
referiu-se “às novas modalidades de subversão que
nossos inimigos tentam levar à prática, e cuja
estratégia principal consiste na instauração de uma
plataforma de pensamento neoliberal e de restauração
do capitalismo neocolonial, dirigida contra as
essências mesmas da Revolução e com o afã de gerar
um colapso ideológicoentre gerações, o que atenta
contra os valores, a identidade e a cultura
nacionais”.
A recente revelação dum plano do governo dos Estados
Unidos para promover a subversão em Cuba é expressão
destas sinistras intenções, afirmou.
“Ao numerar as forças com as quais contamos para
enfrentar estes desafios, nosso presidente
mencionou, em primeiro lugar, os intelectuais e
artistas, cujo compromisso patriótico, como parte da
grande massa do povo, está fora de toda dúvida”.
“Com esse espírito se projeta, desde a base, o
debate deste Congresso da Uneac, que tem ratificado
que a cultura deve acompanhar o esforço que se
realiza hoje para desdobrar as forças produtivas e
as reservas morais do país, em prol dum socialismo
próspero e sustentável onde o que diferencia o ser
humano não sejam as possessões materiais, mas sim a
riqueza de conhecimentos, cultura e sensibilidade”,
acrescentou.
A exigência de ser cada dia mais eficaz na defesa da
identidade nacional e promover os autênticos valores
da cultura cubana para que cheguem às jovens
gerações, também foram aspectos avaliados por
Díaz-Canel.
“Não podemos desconhecer hoje que o principal
instrumento de dominação do imperialismo é cultural
e informativo”, salientou.
Cuba está submetida a essa influência, que tem entre
seus alvos os intelectuais e artistas, com o
propósito de afastá-los de toda intenção e
preocupação social. Desta forma pretendem semear em
vocês a banalidade e a frivolidade, afastá-los do
compromisso político e social e criar o caos e a
confusão. Por isso é tão importante para a Pátria
contar com uma vanguarda artística como a
representada na Uneac, que possa fazer contribuições
decisivas para a batalha cultural, ante o projeto
colonizador global e frente às tentativas
subversivas do Norte revolto e brutal”.
O desafio principal, afirmou, está na batalha contra
as mensagens pseudo-culturais, “devemos preparar-nos
cada vez melhor para a confrontação de ideias e para
defender nosso socialismo e seu aperfeiçoamento como
única alternativa para salvar a cultura, uma das
conquistas principais da Revolução”.
“Trata-se de buscar o desenvolvimento e crescimento
econômico, mas com a alma plena de sentimentos e
espiritualidade; e isso é possível salvando a
cultura, que é mesmo que salvar a Pátria, a
Revolução e o socialismo”.
“A vanguarda artística deve defender nossas
verdades. Ainda quando as novas tecnologias permitam
às pessoas decidirem o que consumir em termos de
cultura há que diferenciar os espaços públicos dos
privados”.
“A política cultural é uma das conquistas principais
da Revolução cubana, e sua aplicação é reservada ao
Estado e a sua rede de instituições, contando sempre
com a participação dos nossos intelectuais
revolucionários”.
Estimou que se deve influir no gosto da população,
“não com proibições mas sim com o desenho de
políticas coerentes”.
Díaz-Canel também considerou que a unidade como
concertação possível de diferentes pontos de vista é
a estratégia fundamental da Revolução cubana,
“defendam essa unidade imprescindível para garantir
a continuidade da Revolução. Confiem em que contarão
com o apoio do Partido e do governo da nação”.
“Pelos resultados deste Congresso podemos afirmar
que a vanguarda genuína dos nossos escritores e
artistas, existe, vive, consciente e comprometida
com sua Revolução”, concluiu.
Antes do encerramento, a jornalista Magda Resik
apresentou a nova presidência nacional que ficou
integrada, além disso, pelo realizador audiovisual
LuisMorlote, como primeiro vice-presidente;
Arístides Hernández, Digna Guerra e Pedro de laHoz
(vice-presidentes); Omar Felipe Mauri e
NievesLaferté, secretários. Também foram
apresentados os novos presidentes eleitos dos
comitês provinciais e os presidentes das associações
nacionais.
Nesta última jornada os delegados receberam,
igualmente, uma mensagem de Armando Hart e dos Cinco
Heróis cubanos.
|