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Havana. 11 Abril, de 2014

Artistas e escritores cubanos confiam na política cultural da Revolução

O 8º Congresso da União dos Escritores e Artistas de Cuba (Uneac), começou suas sessões na sexta-feira, 11 de abril, no Palácio das Convenções de Havana, na presença do segundo secretário do Comitê Central do Partido e vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, José Ramón Machado Ventura; o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros e membro do Bureau Político, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o ministro da Cultura, Julián González Toledo; o assessor do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Abel Prieto; e o presidente da Comissão Organizadora do Congresso, Miguel Barnet. Estavam presentes, ainda, mais de 300 delegados do país todo, representantes das associações nacionais e dos comitês provinciais dessa organização.

Ao pronunciar as palavras de inauguração da primeira sessão plenária, Barnet começou dizendo que os artistas e escritores têm chegado ao 8º Congresso "com confiança nos nossos princípios e na política cultural da Revolução".

No Relatório Central, o presidente da Comissão Organizadora, qualificou a Uneac como "um espaço excepcional, num planeta onde prevalecem o egoísmo e as guerras de rapina".

"O fato de que tenhamos uma organização como esta, num país acossado e bloqueado como o nosso, é um privilégio. A Uneac não fez outra coisa, desde sua gênese, que servir aos ideais mais nobres da Revolução", disse.

"O destino da cultura nos nosso país tem sido, é e será sempre motivo central de preocupação da Uneac, na certeza de que aquela é a expressão mais alta da política e tal como expressou Fernando Ortiz, é a alma da nação".

Anda sabendo de que resta muito trabalho por fazer, Barnet advogou para que os mais de nove mil membros dessa organização sejam "cada dia mais reflexivos e consequentes diante do necessário e inadiável processo de mudanças que se está produzindo na vida econômica e social de Cuba".

"Nossos membros estão na obrigação de contribuir ao melhoramento da vida espiritual e material, com um diagnóstico justo e propostas construtivas que tenham a ver com os problemas mais prementes da sociedade".

O intelectual ainda fez um reconto dos avanços atingidos desde o Congresso anterior a este. E igualmente comentou as discussões e o trabalho que tiveram lugar, previamente a este 8º Congresso.

"Fizemos oito Conselhos Nacionais, nos quais se debateu uma ampla agenda da realizada social e cultural. As discussões nas plenárias prévias confirmaram a importância de defender instituições culturais que canalizem e apoiem a criação. Mas também revelaram a urgência de uma renovação que contemple o adequado redimensionamento de suas estruturas e mecanismos, que as faça realmente flexíveis, operativas e ajustadas, tanto aos requerimentos promocionais da obra de escritores e artistas, como aos novos cenários econômicos que se perfilam na nação".

Barnet insistiu em ratificar "que resulta imprescindível aperfeiçoar a política de liderança no setor cultural, de forma tal que aqueles que adotem as decisões dia a dia se identifiquem com a própria natureza da criação, estabeleçam uma verdadeira relação com os escritores e artistas e estejam atentos às necessidades espirituais da população".

Ainda, assinalou questões relativas à reestruturação da organização e a política a aplicar. "Teremos que dar preeminência nos nossos fóruns e debates aos temas da criação, à análise das tendências estéticas contemporâneas e ao reflexo destas em nosso trabalho cotidiano. Não somos uma agrupação ou agremiação, como muitos costumam pensar. Também não um organismo que dite leis ou documentos normativos. Somos uma organização que deve promover a cultura, e com isso contribuir para restaurar o tecido espiritual da nação.

"É nosso dever enfrentar-nos, e assim temos feito, a todas as formas de corrupção e indisciplina, ao esbanjamento e à desordem que contradizem a essência da Uneac".

Acerca da deterioração dos valores cívicos e éticos, assinalada pelo presidente Raúl Castro, o intelectual manifestou que "os escritores e artistas assumimos como uma das nossas razões de existir a necessidade de contribuir para a formação e promoção de valores éticos e cívicos. Aspiramos a que nosso povo não só seja instruído, mas sim culto".

"Nossos esforços têm sido consideráveis, mas ainda insuficientes, para tornar visíveis e irradiar socialmente esses valores. Não perderemos a rota que nos indicou Fidel quando, nos momentos mais dramáticos do Período especial, disse: "a cultura é o primeiro que é preciso salvar", lema que norteia este Congresso, acrescentou.

"A Uneac é o Moncada da Cultura. Assaltamos os quartéis da ignomínia, da estultice, da dilacerante coloniagem cultural. Temos que ser consequentes com isso (...) Temos estado unidos no essencial, isto é, no apego aos valores mais legítimos da cultura e na reafirmação da identidade espiritual de nosso povo".

"A União dos Escritores e Artistas de Cuba deverá ser consequente com o ideário do Apóstolo, na salvaguarda do mais puro da nossa cultura", culminou.

Após a leitura do Relatório Central, os delegados reuniram-se para apresentar a lista dos candidatos ao Conselho Nacional e aos Executivos das Associações Nacionais.
 

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